A madrugada deste sábado (17) foi marcada por momentos de pânico e intensa troca de tiros na comunidade do Catiri, localizada em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Segundo relatos de moradores, criminosos armados ligados ao Comando Vermelho invadiram a região e entraram em confronto com milicianos que atuavam no local.
O tiroteio teve início por volta das 2h da manhã e se estendeu por mais de uma hora. Diversos tiros de fuzil e armas de grosso calibre foram ouvidos, assustando os moradores que, mais uma vez, ficaram no meio do fogo cruzado. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o som intenso dos disparos e moradores se abrigando em suas casas.
De acordo com informações apuradas junto a fontes da comunidade, um miliciano conhecido pelo apelido de Maneirinho foi morto durante o confronto. Ele seria uma das lideranças da milícia que atuava no controle de atividades ilegais na área, como venda clandestina de gás, sinal de TV a cabo e transporte alternativo. Ainda não há confirmação oficial da identidade da vítima por parte das autoridades.
A disputa entre facções criminosas pelo controle territorial na Zona Oeste do Rio tem se intensificado nos últimos meses. Grupos milicianos e traficantes travam batalhas violentas por áreas estratégicas para o tráfico de drogas e outras atividades ilegais. A comunidade do Catiri, por sua localização e importância dentro do bairro de Bangu, tem sido alvo constante dessa guerra territorial.
Moradores relataram que, após o confronto, houve um aumento na presença de homens armados circulando pelas ruas da comunidade, o que eleva o clima de tensão e medo. “A gente não tem mais paz. Já virou rotina acordar de madrugada com barulho de tiro. É um terror”, disse uma moradora que preferiu não se identificar por medo de represálias.
A Polícia Militar informou, em nota, que equipes do 14º BPM (Bangu) foram acionadas para a região após relatos de tiros, mas ao chegarem no local os criminosos já haviam fugido. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) deve investigar o caso.
Enquanto isso, os moradores seguem vivendo sob o domínio do medo e da insegurança, vítimas de uma guerra que parece longe de ter fim.
