O que era para ser uma madrugada tranquila e de comemoração pelo Dia das Mães acabou se transformando em um verdadeiro pesadelo para uma família do Conjunto Benjamim do Monte, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio. Uma moradora foi vítima de bala perdida dentro da própria casa, enquanto dormia ao lado da filha de apenas 8 meses. O caso aconteceu na madrugada deste domingo (11) e chocou moradores da região.
Segundo o relato enviado por uma seguidora do antigo Campo Grande a vítima dormia de bruços, com a filha bebê ao seu lado, quando foi acordada por uma forte dor nas costas, além de uma sensação de ardência e dificuldade para mover o braço e o pescoço. Desorientada, ela pediu ajuda à filha mais velha, que ao verificar a área ferida, notou um inchaço avermelhado com um risco, como se fosse um arranhão.
Inicialmente, a família pensou que poderia se tratar de um inseto ou até de uma reação alérgica. No entanto, ao inspecionar a cama, veio o susto: uma bala havia sido encontrada entre os lençóis, no mesmo local onde estavam deitadas a mulher e a bebê. A situação rapidamente se tornou desesperadora.
“Graças a Deus, a bala não entrou no corpo, mas pegou de raspão e feriu a pele. Isso poderia ter se transformado em uma tragédia. Poderia ter matado minha mãe. Poderia ter acertado a cabeça da minha irmãzinha”, contou a filha, ainda abalada com o ocorrido.
A vítima foi levada imediatamente para a UPA mais próxima, onde recebeu atendimento médico. Felizmente, ela está fora de perigo e em recuperação. Apesar do susto e do ferimento, o caso terminou sem consequências mais graves – mas com um alerta que precisa ser ouvido.
“A violência está chegando dentro das nossas casas, sem aviso, sem motivo. Não dá mais para se sentir seguro nem dormindo. Estamos em choque, tentando entender como isso aconteceu. Que isso sirva de alerta para todos. Se cuidem, orem, denunciem o que for necessário. A sensação de impotência é desesperadora”, concluiu a filha.
O caso revoltou moradores da comunidade, que agora cobram mais segurança e explicações sobre de onde partiu o disparo. Até o momento, não há informações sobre tiroteios na área no horário do incidente, nem registro oficial da ocorrência. A família deve procurar a 35ª DP (Campo Grande) para registrar o caso formalmente.
Enquanto isso, a população vive sob tensão. Fica a pergunta: até quando inocentes continuarão sendo vítimas da violência descontrolada que atinge a Zona Oeste e tantas outras regiões do Rio de Janeiro?
Seguimos acompanhando o caso e reforçamos: qualquer informação sobre disparos ou movimentações suspeitas na região pode e deve ser denunciada ao Disque-Denúncia (2253-1177). Sua identidade será preservada.
A segurança é um direito de todos. E histórias como essa não podem se repetir
