Pela primeira vez na história, o Governo Federal anunciou que todas as favelas do Brasil passam a ter CEP reconhecido oficialmente pelos Correios. A medida, celebrada como um marco de inclusão social, representa um passo decisivo para milhões de brasileiros que, até então, viviam “invisíveis” aos olhos do Estado.
O reconhecimento dos endereços oficiais significa muito mais do que apenas um código postal. Ele garante que moradores de comunidades possam receber correspondências, encomendas, serviços públicos e benefícios sociais de forma mais eficiente. Além disso, o CEP é um símbolo de cidadania — um reconhecimento de que essas regiões fazem parte da cidade e do país como um todo.
Durante o anúncio, o governo destacou que o projeto foi desenvolvido em parceria com os Correios, o Ministério das Cidades e lideranças comunitárias, mapeando milhares de becos, vielas e ruas sem nome por todo o território nacional. “Dar CEP é dar dignidade. É reconhecer a existência de quem sempre esteve aqui, mas nunca foi visto”, afirmou um representante do governo.
Antes da medida, milhões de brasileiros não tinham um endereço formal, o que dificultava o acesso a serviços bancários, matrículas escolares, programas sociais e até entregas simples de compras pela internet. Com a regularização, o impacto será imediato: inclusão digital, fortalecimento econômico local e melhoria na segurança pública.
O projeto de endereçamento das favelas começou em 2023 e abrangeu comunidades emblemáticas como a Rocinha, no Rio de Janeiro, Paraisópolis, em São Paulo, e o Complexo do Pelourinho, em Salvador.
Especialistas em urbanismo e inclusão social consideram a iniciativa um divisor de águas na luta contra a desigualdade urbana. “Com o CEP, o morador da favela deixa de ser apenas um ponto no mapa e passa a ter um endereço, um direito e uma voz”, destacou uma pesquisadora da UFRJ.
O reconhecimento dos CEPs nas favelas simboliza um país mais justo, onde todos os brasileiros, independentemente de onde vivem, passam a ter o mesmo direito de pertencer.