Uma tragédia abalou a Baixada Fluminense na madrugada da última segunda-feira, 15 de julho de 2025. Lucélia Zangerolame Silva de Souza, de 37 anos, grávida de oito meses, morreu após cair do quinto andar de um prédio localizado na Rua Anastácio Corrêa, no bairro Venda Velha, em São João de Meriti.
A queda aconteceu por volta das 2h40 da madrugada. Equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas, mas, ao chegarem no local, Lucélia já estava sem vida. A gestante esperava um menino que se chamaria Arthur. Ela também era mãe de duas filhas, de 11 e 15 anos, que agora estão sob os cuidados de familiares.
🕵️♀️ O que se sabe até agora
Testemunhas afirmam que, momentos antes da queda, foi ouvida uma intensa discussão entre Lucélia e seu companheiro. Uma vizinha relatou que os dois brigavam frequentemente, e que o homem parecia estar sob efeito de entorpecentes naquela noite. Segundo a família da vítima, Lucélia era vítima recorrente de violência doméstica, e a mãe da mulher já havia expressado medo de que algo pior pudesse acontecer.
A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) assumiu o caso e trata a ocorrência como possível feminicídio. A principal linha de investigação considera que a gestante possa ter sido empurrada da janela do apartamento durante a briga. A perícia técnica foi realizada no local e o corpo de Lucélia foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Duque de Caxias.
🔎 Investigação em andamento
O companheiro de Lucélia foi conduzido para prestar depoimento na delegacia, mas, até o momento, a polícia não confirmou se ele permanecerá preso ou foi liberado. A investigação segue ouvindo testemunhas, vizinhos e familiares para reconstruir a sequência dos acontecimentos e verificar a veracidade dos relatos.
O histórico de violência no relacionamento é um ponto crucial nas apurações. A morte de Lucélia levanta, mais uma vez, o alerta sobre a necessidade de proteção às mulheres em situação de vulnerabilidade doméstica.
🕯️ Comoção e revolta
A tragédia causou comoção entre moradores da região, que descrevem Lucélia como uma mulher batalhadora, dedicada às filhas e à nova gestação. Amigos e familiares lamentam profundamente o ocorrido e clamam por justiça.
O caso reacende o debate sobre a urgência de políticas públicas mais eficazes para combater a violência contra a mulher e proteger vítimas antes que situações trágicas se concretizem.
A delegacia especializada continua a investigação e novas atualizações devem ser divulgadas nos próximos dias.