Você é a favor da Guarda Municipal armada? A discussão promete esquentar na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Na próxima terça-feira (20), os vereadores vão votar um Projeto de Lei Complementar que pode mudar radicalmente a atuação da Guarda Municipal na cidade.
A proposta, de autoria do prefeito Eduardo Paes, foi apresentada em março e traz alterações significativas: entre elas, a mudança do nome da corporação para Força Municipal de Segurança, além da criação de um novo grupamento de elite chamado Força de Segurança Armada.
Segundo o texto do projeto, essa nova unidade será composta por guardas municipais que já atuam na cidade e também por agentes contratados de forma temporária. O objetivo, segundo a Prefeitura, é reforçar o patrulhamento, aumentar a presença nas ruas e colaborar com a redução da criminalidade — especialmente em áreas com altos índices de violência.
Se aprovada, a mudança poderá marcar um novo capítulo na segurança pública da capital fluminense, ampliando os poderes e a estrutura da atual Guarda Municipal, que hoje não atua de forma armada em operações regulares. O projeto também prevê treinamentos específicos e rigorosos para os agentes que farão parte da nova Força Armada, com foco em direitos humanos, uso progressivo da força e abordagem segura.
Apesar das justificativas do Executivo, o projeto divide opiniões. Defensores da proposta acreditam que a medida é um avanço necessário diante da crise de segurança vivida no Rio. “É preciso dar mais ferramentas para quem está na linha de frente”, afirmam. Já os críticos apontam preocupações com o aumento da militarização e a possibilidade de abusos de poder. Também há dúvidas sobre a eficácia da medida diante da complexidade da violência urbana carioca.
Outro ponto que gera debate é a contratação de agentes temporários, o que pode abrir espaço para vínculos precários de trabalho em uma área sensível como a segurança pública.
Com a votação marcada para o dia 20, o tema deve mobilizar debates acalorados na Câmara e nas redes sociais. Afinal, o que está em jogo é o modelo de segurança que o Rio de Janeiro quer adotar nos próximos anos.
E você, o que acha da proposta? Guarda Municipal armada é solução ou risco?