As autoridades do Rio de Janeiro elevaram o tom e classificaram como atentado terrorista o assassinato de um policial da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), ocorrido recentemente durante uma operação no estado. A medida marca um ponto de inflexão na forma como o governo está encarando o avanço do crime organizado nas comunidades fluminenses.
( policial José Antônio Lourenço, morto numa operação na cidade de Deus)
O agente da CORE, unidade de elite da Polícia Civil, foi morto em uma emboscada violenta, em um episódio que, segundo investigações preliminares, foi minuciosamente planejado por criminosos para atingir diretamente as forças de segurança. O ataque não foi apenas um confronto casual: teve características de uma ação coordenada com objetivo claro de provocar o Estado.
De acordo com fontes ligadas à cúpula da segurança pública, a classificação do crime como terrorismo é estratégica e simbólica. O objetivo é enviar uma mensagem contundente de que o Estado não aceitará ataques diretos contra seus agentes sem uma resposta proporcional. “Estamos diante de uma escalada do crime que precisa ser enfrentada com rigor. Este não foi apenas um homicídio, foi um ataque direto à estrutura de segurança do Rio de Janeiro”, afirmou um representante da Secretaria de Segurança.
Com essa nova abordagem, o caso passa a ter prioridade máxima e pode envolver órgãos federais, como a Polícia Federal e até o Exército, caso seja comprovada a necessidade de ações conjuntas para conter facções que desafiam abertamente o poder público.
O clima entre os policiais é de revolta e luto. Companheiros da vítima prestaram homenagens nas redes sociais e prometeram seguir firmes na missão de combater o crime. “Mexeram com um dos nossos, e a resposta será à altura”, declarou um agente da CORE.
O governo do estado já mobiliza reforços em áreas dominadas pelo tráfico e promete novas operações de impacto nos próximos dias. A morte do policial pode ter sido a faísca que acende uma nova fase na guerra entre o Estado e o crime organizado no Rio de Janeiro.
A população, por sua vez, observa com preocupação o aumento da violência e torce para que a justiça prevaleça, sem mais vítimas inocentes no fogo cruzado.