Na noite desta quinta-feira (13), um intenso confronto entre traficantes e milicianos assustou moradores das comunidades de Campo Grande e Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O embate ocorreu quando criminosos ligados ao Comando Vermelho (CV), sob a liderança de um homem identificado como “RD”, tentaram avançar sobre áreas dominadas pela milícia, comandada pelo temido “Naval”.
De acordo com informações preliminares, os traficantes chegaram à comunidade do Barbante, em Campo Grande, fortemente armados. O grupo utilizava dois carros e duas motocicletas, demonstrando uma operação coordenada para invadir a região e estabelecer domínio sobre o território. No entanto, ao entrarem na comunidade, foram surpreendidos por um bonde de milicianos que já estavam a postos para defender o local.
O confronto foi intenso, mas de curta duração. Em meio a uma troca de tiros feroz, os traficantes perceberam a desvantagem e recuaram rapidamente. A retirada foi feita às pressas, evitando baixas entre os membros do Comando Vermelho.
Após a tentativa frustrada de tomar o território, os criminosos seguiram para a comunidade do Antares, em Santa Cruz. Lá, a situação tomou um rumo ainda mais violento. Um radinho da milícia – jovem responsável por repassar informações sobre movimentações no território – foi morto, elevando ainda mais a tensão na região.
O episódio reflete a guerra constante pelo domínio do crime na Zona Oeste, onde milicianos e traficantes disputam áreas de influência, usando a violência extrema como ferramenta de poder. Para os moradores dessas comunidades, o clima de insegurança cresce a cada novo confronto, tornando a rotina diária um verdadeiro campo de batalha.
As forças de segurança do estado ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o caso, e não há informações sobre prisões ou feridos além do radinho da milícia morto em Antares. A guerra territorial entre facções continua sendo um dos maiores desafios para a segurança pública no Rio de Janeiro, e a possibilidade de novos conflitos na região permanece alta.
Enquanto isso, a população segue acuada, esperando ações efetivas para combater essa escalada de violência que insiste em se perpetuar na cidade.