Confronto entre facções reacende clima de terror no Antares; moradores vivem momentos de tensão extrema
A guerra entre facções criminosas voltou a explodir com força na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Na noite desta quarta-feira (30), traficantes fortemente armados da facção Comando Vermelho (CV), que estariam sob o comando do traficante conhecido como RD, invadiram a comunidade do Antares, em Santa Cruz, e sequestraram um dos principais integrantes da milícia liderada por Zinho.
O sequestrado foi identificado como Paulista do Antares, apontado como um dos responsáveis pelo setor financeiro da milícia de Zinho na região. Segundo relatos de moradores, os criminosos chegaram em dois veículos e usavam roupas táticas semelhantes às de forças policiais, o que confundiu e gerou ainda mais pânico na comunidade.
De acordo com as informações que circulam entre os moradores, os criminosos do CV estavam fortemente armados e agiram com precisão. Eles teriam localizado Paulista em um ponto estratégico e o capturaram sem resistência. A ação foi rápida e coordenada, evidenciando o nível de organização do grupo rival.
O clima entre facções já vinha se deteriorando há semanas, com disputas veladas por territórios antes controlados pela milícia. No entanto, este sequestro marca uma escalada perigosa e pode desencadear uma nova onda de violência em toda a Zona Oeste, especialmente em comunidades como Antares, Rola, Jesuítas e Cesarão.
Moradores relatam medo constante e tensão no ar. “Estamos trancados em casa, sem saber o que pode acontecer nas próximas horas. É como viver em zona de guerra”, disse uma moradora que preferiu não se identificar.
A gestão de Zinho, segundo fontes da região, vem sendo duramente criticada internamente. Muitos apontam essa fase como a pior da história da milícia na Zona Oeste, marcada por perda de territórios, falhas operacionais e enfraquecimento da estrutura de comando. O sequestro de um dos seus principais operadores financeiros pode ser mais um golpe na já abalada liderança de Zinho.
As autoridades ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o caso. A polícia tem evitado entrar em áreas dominadas por facções rivais, o que dificulta a atuação imediata.
O que se espera agora é uma possível retaliação por parte da milícia, o que pode gerar novos confrontos armados e colocar ainda mais em risco a vida dos moradores da região.
A situação é extremamente grave e exige atenção máxima das autoridades