O estacionamento do Bangu Shopping, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, foi palco de uma execução brutal na noite desta segunda-feira (10). Anderson, um ex-integrante da milícia ligada a Luís Antônio da Silva Braga, o “Zinho”, e que havia migrado para o Comando Vermelho, foi morto a tiros por criminosos fortemente armados.
Segundo relatos preliminares, Anderson estava no shopping acompanhado da esposa quando foi surpreendido por diversos homens armados. O grupo cercou o veículo do casal e efetuou diversos disparos, deixando o ex-miliciano gravemente ferido. Apesar do socorro imediato, ele não resistiu e morreu antes de chegar ao Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo. A esposa, cujo nome não foi divulgado, teria escapado ilesa do ataque.
Histórico de crimes e perseguição
Fontes ligadas à segurança pública afirmam que Anderson era um alvo marcado dentro da guerra entre facções que domina o Rio de Janeiro. Ele teria sido responsável por diversas execuções, incluindo a morte de policiais, além de comandar ações violentas no Jardim Bangu, onde atuava sob ordens do Comando Vermelho.
Antes de integrar a facção vermelha, Anderson fazia parte da milícia comandada por Zinho, que domina vastas áreas da Zona Oeste. No entanto, após romper com o grupo paramilitar e se aliar ao tráfico, ele passou a ser perseguido pelos antigos comparsas. Sua mudança de lado teria agravado ainda mais a rivalidade entre as organizações criminosas, tornando-o um alvo prioritário.
A morte de Anderson pode representar um novo capítulo na disputa territorial que assola a região. Autoridades temem que o episódio leve a novos confrontos entre milicianos e traficantes, aumentando a tensão e a violência nas ruas.
Violência sem controle na Zona Oeste
O assassinato no Bangu Shopping reforça a escalada de violência que vem tomando conta da Zona Oeste. A região, antes dominada majoritariamente por milicianos, tem sido palco de sucessivos ataques de traficantes do Comando Vermelho, que buscam expandir seu território.
A ação ousada dos criminosos dentro de um dos principais centros comerciais da região levanta preocupações sobre a segurança pública e a capacidade do Estado de conter a atuação do crime organizado. O ataque demonstra a impunidade com que essas facções operam, desafiando abertamente as forças de segurança.
A Polícia Civil já iniciou as investigações para identificar os responsáveis pelo ataque e apurar as circunstâncias do crime. O caso está sendo tratado como um acerto de contas entre facções rivais.
Enquanto isso, a população da Zona Oeste segue refém da guerra pelo poder, onde a violência se torna cada vez mais brutal e frequente.