Na tarde desta quarta-feira, um helicóptero da Polícia Militar foi atingido por disparos durante uma operação conjunta das polícias Civil e Militar no Complexo de Israel, região controlada pela facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP). A aeronave sofreu ao menos cinco perfurações em diferentes partes, aumentando a preocupação com a segurança das forças policiais em incursões aéreas dentro de territórios dominados pelo crime organizado.
De acordo com a Polícia Militar, os tiros atravessaram o assoalho da aeronave, atingiram o pedal e perfuraram a bolha do lado direito. Além disso, os disparos também danificaram a proteção do rotor de cauda e a carenagem do filtro de ar do lado esquerdo. Felizmente, nenhum policial ficou ferido durante o ataque, e o piloto conseguiu manter o controle da aeronave, retornando em segurança.
A operação tinha como objetivo reprimir a atuação de grupos criminosos na região, onde o TCP vem intensificando suas atividades ilegais, incluindo tráfico de drogas e roubo de cargas. Durante a ação, houve confrontos intensos entre os policiais e criminosos fortemente armados.
O uso de helicópteros em operações policiais tem se tornado cada vez mais necessário para dar suporte a incursões em áreas de alto risco. No entanto, os ataques contra essas aeronaves preocupam as autoridades, já que representam uma tentativa dos criminosos de neutralizar o poder de fogo e a mobilidade das forças de segurança.
Este não é um caso isolado no Rio de Janeiro. Em outras ocasiões, helicópteros da PM já foram alvejados em operações em favelas dominadas por facções criminosas. Em 2009, um helicóptero foi derrubado por traficantes no Morro dos Macacos, resultando na morte de três policiais. Mais recentemente, em 2019, uma aeronave foi atingida durante uma ação em Angra dos Reis, forçando um pouso de emergência.
A Secretaria de Segurança Pública informou que a investigação sobre o ataque ao helicóptero desta quarta-feira já está em andamento. Peritos irão analisar a aeronave para identificar o calibre dos projéteis e possivelmente a origem dos disparos. Além disso, buscas continuam sendo realizadas na região para capturar os envolvidos no ataque.
A violência crescente e o poder de fogo das facções criminosas colocam em risco não apenas os agentes de segurança, mas também os moradores das comunidades afetadas. A polícia segue reforçando as ações para combater o crime organizado e minimizar os impactos dos confrontos na população.
O episódio reforça o debate sobre a necessidade de investimentos em tecnologia e blindagem para as aeronaves utilizadas em operações policiais. Enquanto isso, o Rio de Janeiro segue enfrentando o desafio de combater grupos criminosos cada vez mais ousados e bem armados, exigindo estratégias cada vez mais eficazes para garantir a segurança pública.