Existem oito vírus diferentes da família herpes que podem causar doença em humanos. Herpes tipo 1, 2 e 3 provocam quadros semelhantes de lesões de pele, que podem reaparecer ao longo da vida. Não há cura para doença, apesar de existir tratamento.
Herpes tipo 1 é o herpes oral (boca), já o tipo 2 é genital (podendo aparecer na vulva, pênis, nádegas e virilha). Em ambos os casos, a doença se caracteriza por vermelhidão na região com ardor e pequenas bolhas. As lesões são altamente contagiosas. Pessoas com herpes labial devem evitar o contato direto com outros indivíduos, especialmente com bebês, que correm o risco de ter um quadro mais grave.
O médico Alexandre Nikolay explica que um bebê pode ser contaminado, por exemplo, caso seja beijado por alguém e tenha contato com a saliva da pessoa doente, ou durante o parto vaginal caso a mãe tenha herpes genital.
O herpes simples tipo 2 é uma doença sexualmente transmissível. O uso da camisinha evita a contaminação. A presença de lesões aumenta o risco de contágio por outras doenças sexualmente transmissíveis, incluindo o HIV.
Quando o vírus está ativo, o quadro viral do herpes dura, em média, cinco a sete dias, sem necessidade de tratamentos muito específicos. O uso de medicação indicada pelo médico pode aliviar os sintomas e possíveis dores.
Por fim, o herpes tipo 3 é mais conhecido como vírus da varicela (catapora). A infecção inicial ocorre normalmente durante a infância, por meio do contato com secreções orais, e é seguida pelo quadro clássico da catapora, com lesões avermelhadas espalhadas pelo corpo e pequenas bolhas com líquido claro.
Nesse caso, o tratamento antiviral é prontamente indicado para acelerar a cicatrização e reduzir a dor. Já existem vacinas para prevenir varicela, somente na rede privada. Mas não há ainda proteção contra o herpes tipo 1 e o tipo 2.