A Justiça do Rio de Janeiro condenou Carlos José de França a 33 anos de prisão pelo assassinato brutal da trapezista argentina Florencia Aranguren, de 32 anos. O crime, que chocou o país, aconteceu em 6 de dezembro de 2023, enquanto a artista fazia uma trilha em direção à praia de José Gonçalves, em Armação dos Búzios, na Região dos Lagos.
Florencia foi surpreendida e atacada covardemente com 18 facadas, numa ação que revelou extrema violência e crueldade. Segundo a investigação, o ataque aconteceu em plena luz do dia, em uma trilha bastante conhecida por moradores e turistas da região.
Um dos elementos cruciais que ajudaram a identificar o criminoso foi o comportamento heroico do cachorro da vítima. O animal, que acompanhava Florencia na trilha, atacou o assassino durante o crime, deixando marcas e vestígios que auxiliaram no trabalho da perícia. A atuação do cão foi determinante para a reconstituição dos fatos e para o avanço da investigação policial.
Durante o julgamento, o réu demonstrou frieza e não expressou arrependimento. A Promotoria destacou a brutalidade do crime, a vulnerabilidade da vítima e o impacto devastador causado à família da trapezista, que vivia no Brasil há alguns anos e era bastante querida na comunidade circense e artística.
Além da pena de 33 anos de reclusão em regime fechado, a sentença determina que Carlos José de França pague uma indenização de R$ 50 mil à família de Florencia, como forma simbólica de reparação pelos danos morais causados.
A condenação representa um alívio para os familiares e amigos da vítima, que desde dezembro clamavam por justiça. A comoção internacional gerada pelo caso também pressionou as autoridades por uma resposta rápida e firme.
A tragédia de Florencia Aranguren deixa um alerta sobre a violência nas áreas turísticas e a necessidade de políticas públicas que garantam mais segurança a moradores e visitantes. Sua memória, no entanto, seguirá viva como símbolo de luta, arte e resistência.