Um caso inusitado chamou a atenção dos policiais do 15º BPM (Duque de Caxias), na Baixada Fluminense, e tem repercutido nas redes sociais. Um homem foi abordado pela Polícia Militar do Rio de Janeiro por estar utilizando uma tornozeleira eletrônica. No entanto, ao checar os registros do sistema judiciário, os agentes perceberam algo estranho: o rapaz não constava em nenhuma lista de monitoramento eletrônico da Justiça.
Diante da suspeita, os policiais realizaram uma inspeção mais detalhada e constataram que a tornozeleira era, na verdade, falsa. Questionado sobre o motivo de estar usando o equipamento, o homem deu uma resposta surpreendente: segundo ele, o acessório servia como uma espécie de “ímã” para conquistar mulheres.
“Isso impõe respeito”, disse o homem aos policiais, justificando que a tornozeleira chamava atenção e criava uma imagem de “homem perigoso” — o que, segundo ele, atraía olhares femininos. A explicação insólita arrancou risos dos agentes, mas também gerou preocupação.
Apesar da situação curiosa, o homem foi liberado após a constatação de que não havia cometido nenhum crime diretamente relacionado ao uso do objeto falso. No entanto, a Polícia Militar informou que o caso será investigado para apurar se há implicações legais, como falsidade ideológica ou possível obstrução de fiscalização pública.
Especialistas em segurança pública alertam que o uso indevido de dispositivos semelhantes aos utilizados no monitoramento penal pode representar um risco para a população. “Isso pode atrapalhar ações de monitoramento real e comprometer operações da Justiça e da segurança pública”, afirmou um delegado ouvido pela reportagem.
Nas redes sociais, o caso viralizou rapidamente. Muitos internautas reagiram com bom humor à atitude do homem, que demonstrou criatividade — ou desespero — em sua estratégia de sedução. Outros, no entanto, criticaram a banalização de algo tão sério quanto o uso de tornozeleiras eletrônicas, que normalmente são impostas a pessoas sob medida cautelar ou em cumprimento de pena.
A tornozeleira falsa foi apreendida pela polícia e será encaminhada à perícia. O homem, cuja identidade não foi revelada, poderá ser chamado a depor caso o inquérito siga adiante.
Enquanto isso, a história serve como um lembrete curioso de até onde algumas pessoas estão dispostas a ir em busca de atenção ou conquista amorosa — mesmo que isso envolva simular um histórico criminal.
O caso, ocorrido em Duque de Caxias, reforça a importância da atuação das forças de segurança e do olhar atento dos agentes para situações que, à primeira vista, podem parecer comuns, mas escondem algo bem fora do esperado.