O Hospital Amacor, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, divulgou uma nota oficial nesta terça-feira (9) após a morte da jovem Marilha Menezes Antunes, de 28 anos, que não resistiu a complicações durante um procedimento estético realizado na unidade. O caso, que ocorreu na segunda-feira (8), gerou grande comoção nas redes sociais e levantou debates sobre os riscos de cirurgias com fins estéticos.
Na nota, a instituição afirmou lamentar profundamente o ocorrido e declarou solidariedade à família da vítima neste momento de dor. O hospital ressaltou que seu espaço é utilizado por médicos autônomos, que possuem total responsabilidade sobre os procedimentos realizados em seus pacientes.
“Nosso espaço é disponibilizado para uso de médicos autônomos, que são integralmente responsáveis pelos procedimentos realizados em seus pacientes”, destacou o comunicado.
Ainda de acordo com o hospital, o centro cirúrgico da Amacor é equipado com os recursos necessários para atender intercorrências médicas graves. A unidade informou que dispõe de desfibriladores, carrinho de parada cardiorrespiratória e protocolos de resposta rápida, garantindo que situações emergenciais possam ser tratadas com a agilidade exigida.
O texto também afirma que, diante da intercorrência sofrida por Marilha, a equipe presente agiu imediatamente, seguindo todas as diretrizes médicas de emergência. Apesar dos esforços, a paciente não resistiu.
“A equipe presente agiu de imediato, seguindo todas as diretrizes de emergência médica”, acrescenta a nota.
O hospital ressaltou ainda que está colaborando com as autoridades competentes na investigação do caso, reafirmando o compromisso da instituição com a qualidade e a segurança dos serviços de saúde oferecidos.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, que instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da morte. Familiares e amigos de Marilha aguardam respostas sobre o que pode ter levado a jovem, que havia completado 28 anos recentemente, a sofrer a fatal intercorrência.
A tragédia levanta novamente discussões sobre a busca por procedimentos estéticos, que têm ganhado cada vez mais espaço no Brasil. De acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), o país está entre os que mais realizam esse tipo de intervenção no mundo. Especialistas alertam que, apesar da popularidade, qualquer cirurgia envolve riscos e deve ser realizada em ambiente hospitalar, com profissionais qualificados e respaldo técnico.
Amigos e familiares da jovem utilizaram as redes sociais para lamentar sua morte e pedir por justiça. “Ela tinha tantos sonhos pela frente, era uma pessoa cheia de vida e alegria”, escreveu uma amiga próxima em homenagem publicada no Instagram.
Enquanto as investigações seguem, a Amacor busca se defender de críticas, reforçando que o procedimento não foi conduzido por médicos da instituição, mas sim por profissionais independentes que utilizam o espaço. O desfecho do inquérito deverá apontar eventuais responsabilidades pela morte de Marilha.
O caso continuará repercutindo nos próximos dias, tanto no âmbito jurídico quanto social, reacendendo a discussão sobre os riscos das cirurgias estéticas e os protocolos de segurança em clínicas e hospitais privados.