HOSPITAL ALBERT SCHWEITZER INVESTIGA MORTE DE PACIENTE UMA SEMANA APÓS ELA DAR À LUZ UM BEBÊ NA UNIDADE
A Comissão de Óbitos do Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, está investigando as circunstância da morte de uma paciente, ocorrida uma semana após dar à luz um bebê na maternidade da unidade. A criança nasceu no sábado retrasado, dia 25 de junho, de parto normal, mas continua internada na UTI neonatal, por necessitar de cuidados. A mãe recebeu alta no começo da semana seguinte. Porém, poucos dias depois passou a reclamar de dores na barriga. Como o problema se agravou, neste sábado foi levada de volta à unidade, onde após medicada foi liberada. A médica que a atendeu teria dito que se tratava apenas de gases e receitou alguns medicamentos, entre eles Luftal, e a liberou. Na madrugada deste domingo, ela deu entrada na unidade novamente, onde já teria chegado morta.
Essa última informação, que teria sido passada pelo hospital, é contestada pelo marido de Raquel Santos de Souza, de 31 anos. O ajudante que caminhão Denilson Alves da Costa, de 35, garante que a mulher chegou com vida na unidade e que estaria apenas desmaiada. Como o hospital alegou não saber a causa da morte, segundo o marido, a família pressionou para que o corpo fosse encaminhado para o Instituto Médico Legal, onde seria feito o laudo. Entretanto, até a tarde desta segunda-feira, o corpo ainda não havia sido liberado.
O marido estranhou a demora para liberação do corpo e a resistência do hospital em apontar a causa da morte e, por causa disso, acredita que sua mulher tenha sido vítima de negligência médica. Ele suspeita de hemorragia interna e reclama que a médica a liberou sem fazer exames mais detalhados. Ela teria sido submetida apenas a uma ultrassonografia de abdomen, que não teria apontado nada de anormal.
— Espero apenas o laudo com a causa da morte para fazer o enterro da minha mulher, porque a dor é grande. Mas depois vamos agir. Se houve negligência do hospital eles vão pagar no rigor da lei. Destruíram uma família cheia de sonhos. Como pode uma jovem saudável morrer de gases? — questionou.
Raquel trabalhava como autônoma vendendo produtos em casa, como roupas e hidratante. A família é evangélica e mora em Realengo. O bebê, uma menina, é o segundo filho do casal estava junto havia dez anos. Eles têm ainda um menino de 5 anos. O recém-nascido precisou permanecer internado, pois segundo o pai, engoliu água do parto e, além disso, apresentou um problema na via aérea da garganta, que segundo os médicos não teria gravidade.
— Acabaram com a uma família. Deixaram duas crianças sem mãe. Quero justiça – cobrou o marido.
Procurada, a Secretaria municipal de Saúde disse que lamenta a morta da paciente e se solidariza com a família. Ainda segundo a secretaria, a morte da mulher será investigada pela comissão de óbitos e o corpo encaminhado para o IML de Campo Grande, que dará a causa da morte. A SMS informou que esse é o “protocolo padrão para óbitos com causa suspeita”. O bebê segue internado em acompanhamento na UTI neonatal.
Veja a nota da Secretaria de Saúde, na íntegra:
“A Secretaria Municipal de Saúde lamenta a morte de Raquel e se solidariza com seus familiares. A morte será investigada pela comissão de óbitos do hospital, e o corpo da paciente será encaminhado para o Instituto Médico Legal de Campo Grande, que dará a causa da morte. Este é o protocolo padrão para óbitos com causa suspeita.
O bebê nasceu de parto normal e está em acompanhamento na UTI neonatal do hospital Albert Schweitzer.
A direção do hospital está esclarecendo as dúvidas dos familiares e permanece à disposição para o que for necessário.”
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