empresa Nutrindo Mais, responsável pelo serviço de cozinha do Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, afirma que rompeu o contrato com a organização social Iabas, que administra a unidade de saúde, por falta de pagamento. A OS estaria devendo R$ 1 milhão para a empresa.
A Iabas destacou, por sua vez, que não está recebendo os repasses da prefeitura adequadamente e que trabalhou todo o ano de 2017 com recursos insuficientes. Imagens enviadas ao Bom Dia Rio por funcionários mostram a cozinha da unidade completamente vazia.
As denúncias sobre problemas na alimentação não são novas. Desde o mês passado, as reclamações sobre a falta de alimentos para pacientes e funcionários são frequentes. Em um dos dias, quem estava internado jantou pão com queijo, uma maçã e café.
As filhas de Ana Lúcia contam que a mãe sofreu um AVC. Ela estaria com problemas para caminhar, além de outros sintomas. Elas reclamam da falta de informação e revelam que as notícias que conseguem são fornecidas pelos seguranças. “Eu estou esse tempo todo sem saber dela”, explicaram.
Poucos médicos
Na segunda-feira (25), o Hospital Rocha Faria teve mais um dia de caos no atendimento. Apenas dois clínicos gerais e um ortopedista se dividem entre as cirurgias e o atendimento no setor de emergência.
Márcio Galvão estava sentindo muitas dores pelo corpo, diarreia e não conseguia andar direito. Mesmo assim, pegou um trem e caminhou cerca de um quilômetro para chegar até a unidade de saúde.
O irmão de Bruna Rodrigues está internado com uma fratura no tornozelo e não consegue ser operado. “O médico deu de seis a sete dias para fazer a cirurgia e ele nem passou para falar mais nada”, contou.
A Secretaria Municipal de Saúde destacou que há um plano de contingência apenas para a maternidade do Hospital Rocha Faria. As grávidas em trabalho de parto estão sendo transferidas em ambulâncias para quatro outras unidades de saúde da Prefeitura do Rio.