A madrugada desta sexta-feira (26) foi marcada por intensa violência na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Por volta das 4h, criminosos fortemente armados invadiram a comunidade do Piraquê, em Pedra de Guaratiba, e executaram o miliciano conhecido como **Beto Negão**, figura já citada em investigações sobre disputas de território na região.
De acordo com informações preliminares, o ataque teria sido comandado por integrantes do **bonde do RD**, facção ligada ao **Comando Vermelho (CV)**. A ação surpreendeu moradores, que relataram horas de terror e ouviram disparos de fuzil e rajadas contínuas durante a incursão.
A execução de Beto Negão expõe mais uma vez a guerra sangrenta entre **milicianos e traficantes** pelo controle das áreas de Guaratiba e adjacências. Nos últimos meses, a região tem se transformado em palco de confrontos, deixando moradores sitiados e acuados em meio ao fogo cruzado.
Segundo relatos, os criminosos do CV entraram na comunidade com dezenas de homens, espalhando medo e impondo domínio. Beto Negão, apontado como liderança local da milícia, acabou encurralado e não resistiu à emboscada. Seu corpo foi encontrado horas depois por moradores, que acionaram as autoridades.
A Polícia Militar reforçou o policiamento em pontos estratégicos de Pedra de Guaratiba, mas até o momento não há informações sobre prisões relacionadas ao caso. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) deve assumir as investigações.
O episódio evidencia a escalada da violência na Zona Oeste e reacende o alerta sobre a fragilidade da segurança pública em comunidades dominadas por facções criminosas e grupos paramilitares. Enquanto isso, a população segue vivendo sob a sombra do medo, refém de uma guerra que parece não ter fim.
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