Na manhã desta terça-feira (4/2), a rotina da 59ª Delegacia de Polícia em Duque de Caxias foi brutalmente interrompida por um trágico episódio que deixou quatro pessoas feridas e uma morte. O policial civil Vinícius Silva de Souza, de 29 anos, foi identificado como o autor dos disparos que atingiram sua namorada, a também policial Viviane Maia da Rosa, de 33 anos. O caso chocou tanto colegas de profissão quanto a comunidade local, que ainda tenta entender o que motivou o ato violento.
De acordo com testemunhas, o incidente ocorreu no estacionamento da delegacia. Vinícius, em um aparente surto de fúria, sacou sua arma e atirou quatro vezes contra Viviane, que é lotada na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Caxias. Gravemente ferida, Viviane foi socorrida e levada às pressas para o Hospital Municipal Moacyr Rodrigues do Carmo, onde passa por uma delicada cirurgia de emergência. Seu estado é considerado grave e inspira cuidados.
Após alvejar a namorada, Vinícius voltou sua arma contra os colegas que estavam presentes, desencadeando uma intensa troca de tiros. A reação rápida dos policiais presentes foi necessária para conter a situação e evitar uma tragédia ainda maior. Durante o confronto, outros três policiais ficaram feridos, mas sem risco de vida.
A notícia da morte de Vinícius foi confirmada pouco tempo depois. Ainda não se sabe se ele foi atingido pelos disparos dos colegas ou se tirou a própria vida. A cena foi descrita como caótica, com agentes tentando socorrer os feridos e isolar a área. Colegas de profissão, visivelmente abalados, prestaram depoimento à Corregedoria da Polícia Civil, que já iniciou as investigações para entender os detalhes do ocorrido.
Até o momento, não há informações oficiais sobre o que teria motivado o comportamento de Vinícius. Fontes próximas ao casal relataram que ambos mantinham um relacionamento conturbado, com relatos de discussões frequentes. No entanto, nada indicava que algo dessa magnitude pudesse acontecer. O delegado titular da 59ª DP declarou que todos os esforços estão sendo feitos para apurar os fatos com transparência e rapidez.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou nota lamentando profundamente o ocorrido e reforçando o compromisso com a apuração rigorosa dos fatos. Em nota, a corporação também manifestou solidariedade às famílias envolvidas e garantiu apoio psicológico aos policiais que presenciaram o evento traumático.
A tragédia levanta novamente o debate sobre a saúde mental dos profissionais de segurança pública e a importância de programas de apoio psicológico contínuo para esses agentes, que diariamente lidam com situações de extremo estresse. Especialistas apontam que sinais de alerta devem ser observados e tratados para evitar episódios tão graves como este.
Enquanto isso, amigos e familiares aguardam, apreensivos, notícias sobre a recuperação de Viviane, cuja luta pela vida se desenrola em uma sala de cirurgia. A cidade de Duque de Caxias amanheceu em choque, tentando compreender a sequência de eventos que transformou uma delegacia em um cenário de horror.
A sociedade, perplexa, clama por respostas. As investigações continuam e novas informações devem ser divulgadas nas próximas horas. O clima é de tristeza e apreensão, com muitos se perguntando como evitar que episódios assim se repitam no futuro.



