Uma tragédia abalou o município de Hortolândia, no interior de São Paulo, nesta segunda-feira (21). Uma menina de apenas 2 anos de idade morreu de forma violenta após ser atacada dentro de casa por um pitbull da própria família, no bairro Jardim Amanda.
Segundo informações preliminares, o cão havia sido adotado há cerca de dois meses. Até então, não havia histórico de agressividade, mas o comportamento mudou de forma inesperada e fatal. No momento do ataque, a mãe da criança estava em casa e entrou em desespero ao ver a filha sendo atacada.
Uma vizinha, que ouviu os gritos desesperados, relatou ter presenciado uma cena aterradora: o pitbull arrastava a menina pelo corpo. A Polícia Militar foi acionada imediatamente e chegou ao local em poucos minutos. No entanto, os agentes se depararam com um cenário de horror.
Diante da agressividade do animal, que ameaçava qualquer um que se aproximasse da criança, os policiais foram obrigados a efetuar três disparos para conseguir conter o ataque e fazer o cachorro soltar a vítima. Mesmo ferido, o cão ainda demonstrava agressividade e precisou ser atendido posteriormente.
A criança foi socorrida às pressas e levada em estado gravíssimo para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Amanda, com ferimentos extensos no pescoço, cabeça e braços. Segundo os profissionais de saúde, ela já chegou em parada cardiorrespiratória. Apesar das tentativas de reanimação, a menina não resistiu e morreu na unidade.
A Polícia Civil esteve no local logo após o ocorrido, realizou perícia na residência e abriu um inquérito para apurar o caso. O objetivo é entender se houve algum tipo de negligência ou falha que tenha contribuído para o ataque. O pitbull sobreviveu aos tiros e deve passar por avaliação veterinária, além de possível apreensão pelas autoridades responsáveis.
Esse não foi o único caso recente na região. No mesmo mês de maio, um ataque envolvendo três crianças, de 3, 7 e 8 anos, ocorreu em Monte Mor, cidade vizinha a Hortolândia. As vítimas foram mordidas por dois pitbulls em um condomínio. Apesar dos ferimentos, todas sobreviveram — uma delas precisou ser hospitalizada, mas recebeu alta dias depois.
O caso reacende a discussão sobre a segurança de manter cães de raças com histórico de ataques dentro de ambientes familiares, especialmente onde há crianças. Especialistas alertam para a necessidade de acompanhamento comportamental, socialização adequada e supervisão constante.
Enquanto isso, a cidade de Hortolândia chora a perda precoce de uma criança inocente, vítima de uma tragédia que poderia ter sido evitada