Um crime bárbaro cometido na madrugada de 12 de julho de 2025 em Guadalajara, capital do estado de Jalisco, no México, está gerando indignação e revolta nas redes sociais e na sociedade mexicana. A jovem Carla, de apenas 28 anos, foi brutalmente assassinada com um tiro na cabeça pelo ex-companheiro, que teria envolvimento com o tráfico de drogas.
De acordo com as informações preliminares, o agressor chegou por volta de 1h36 em uma caminhonete branca sem placas. Imagens de uma câmera de segurança mostram o momento em que ele desce do veículo carregando um fuzil, possivelmente um AR-15, e chama Carla para sair de casa. Já na rua, os dois iniciam uma discussão acalorada. Carla, tentando se defender, teria usado uma vassoura quebrada e danificado o para-brisa do carro do agressor.
Em resposta, o criminoso fez dois disparos para o chão, como forma de intimidação. Na sequência, sem qualquer hesitação, apontou a arma para a cabeça de Carla e disparou a queima-roupa, matando-a na hora. O vídeo da execução circula nas redes sociais e revoltou internautas em todo o país.
A polícia chegou ao local cerca de uma hora depois, às 2h29, e encontrou o corpo da jovem já sem vida. O autor do crime fugiu logo após o assassinato e ainda não foi identificado. A Unidade Especializada em Feminicídios da Procuradoria de Jalisco está à frente das investigações, e informou que está analisando todas as imagens do circuito de segurança e colhendo depoimentos de testemunhas.
O caso provocou uma onda de protestos e reações de grupos de defesa dos direitos das mulheres. O coletivo Sororas Violetas Jalisco exigiu justiça imediata e denunciou o avanço da violência de gênero no estado. Jalisco ocupa atualmente a 6ª posição nacional em número de feminicídios, segundo dados oficiais.
Nas redes sociais, a hashtag #JusticiaParaCarla se espalhou com milhares de postagens pedindo a prisão do autor e medidas mais duras contra agressores. O crime reacendeu o debate sobre o feminicídio e a falta de proteção efetiva às mulheres em situação de risco no México.
As autoridades prometeram prioridade total ao caso. Carla agora se torna mais uma vítima da violência que atinge mulheres todos os dias em todo o país — uma tragédia que não pode mais ser ignorada.