Uma tragédia devastadora abalou a Zona Oeste do Rio de Janeiro na noite desta quinta-feira (26). Adalberto, um jovem de apenas 17 anos, diagnosticado com autismo, tirou a própria vida ao se lançar da caixa d’água da Escola Municipal Carlos Magno, localizada no bairro Jardim Maravilha, em Guaratiba. O caso está gerando revolta e comoção em toda a comunidade escolar e entre moradores da região.
De acordo com informações obtidas por testemunhas e fontes ligadas à investigação, o jovem vinha sofrendo bullying recorrente por parte de colegas de escola. O que mais choca nesse episódio é que, no momento do ato desesperado, em vez de tentarem impedir, alguns estudantes teriam incentivado o adolescente a pular da estrutura elevada.
Segundo relatos, Adalberto subiu até o topo da caixa d’água durante o turno da noite, em plena atividade escolar. Diversos alunos e funcionários presenciaram a cena, que terminou de forma trágica antes mesmo da chegada do socorro. Equipes do Corpo de Bombeiros, SAMU e Polícia Militar foram imediatamente acionadas, mas, infelizmente, nada puderam fazer para salvar o rapaz.
A família de Adalberto está em estado de choque. Amigos próximos relatam que ele era um jovem sensível, introspectivo e apaixonado por desenho e tecnologia. Professores que tiveram contato com o estudante também confirmaram que ele enfrentava dificuldades de socialização, típicas do espectro autista, e que havia procurado ajuda algumas vezes devido à pressão emocional vivida no ambiente escolar.
A tragédia reacende o debate sobre a falta de preparo das escolas para lidar com alunos neurodivergentes e expõe a necessidade urgente de políticas públicas mais eficazes de combate ao bullying e à exclusão no ambiente escolar.
Adalberto agora é mais um nome em uma triste estatística. Mas sua morte não pode ser em vão. É hora de toda a sociedade refletir e agir — antes que mais jovens sejam levados ao limite por causa do preconceito e da crueldade.