Um crime bárbaro abalou profundamente os moradores de Curionópolis, no sudoeste do Pará, nesta segunda-feira (21/8). Kellem Cristina Conceição Feitosa foi presa em flagrante, acusada de espancar e matar seu próprio filho, Davi Feitosa Araújo, de apenas dois anos.
Segundo informações divulgadas pelo Portal Guarani, a mulher inicialmente alegou que o menino havia desmaiado após ingerir um medicamento em casa. Contudo, ao ser levado às pressas para uma unidade hospitalar, a verdade chocante veio à tona: os médicos constataram que a criança já estava sem vida e apresentava sinais claros de violência extrema.
O laudo médico revelou que o pequeno Davi teve o pescoço quebrado e apresentava um corte profundo na boca, com exposição dos dentes — evidências de um possível golpe ou objeto cortante. O Instituto Médico Legal confirmou que a causa da morte foi traumatismo craniano, provocado por força externa.
Diante da brutalidade do crime e da tentativa de Kellem em ocultar os fatos, a Polícia Civil efetuou a prisão em flagrante da mãe, que será processada por homicídio qualificado. As qualificadoras incluem uso de meios cruéis, impossibilidade de defesa da vítima e motivo torpe — o que, se confirmadas, podem levar a uma pena severa.
O caso gerou revolta e comoção na comunidade local, que exige justiça e punição exemplar. Vizinhos relataram que a família já havia sido alvo de denúncias anteriores por maus-tratos, mas nada havia sido comprovado até então.
A Delegacia de Curionópolis segue investigando o caso, inclusive para apurar se havia outros responsáveis pela violência sofrida pela criança e se o menino já vinha sendo agredido há mais tempo.
O corpo de Davi Feitosa Araújo foi liberado para sepultamento sob forte comoção. A tragédia escancarou novamente a urgência de políticas de proteção à infância e atenção às denúncias de abuso e negligência familiar.