Preso desde abril, Sérgio Côrtes será solto por uma decisão de Gilmar Mendes.
O ex-secretário de Saúde de Sérgio Cabral foi beneficiado por uma extensão do habeas corpus dado em dezembro ao empresário do setor de saúde Miguel Iskin.
Ambos, aliás, já atuaram juntos. Como se pode ver neste e-mail enviado por Côrtes a Iskin em seus tempos de fraudes e roubalheiras e revelado durante as investigações que culminaram com a prisão dos dois:
— Meu chapa (…) podemos passar pouco tempo na cadeia (…) Mas nossas putarias têm que continuar.
Côrtes acertou numa das previsões (ficou dez meses preso; Iskin, nove meses). Espera-se que não na outra.
Na decisão, Gilmar registra que os fundamentos dados para a prisão preventiva de Sérgio Côrtes “se revelam inidôneos”, pois não há “indicação de elementos concretos, os quais, no momento da decretação, fossem imediatamente incidentes a ponto de ensejar o decreto cautelar”.
O ministro determinou ainda medidas restritivas a Sérgio Côrtes: proibição de manter contato com os demais investigados, proibição de deixar o país e entrega do passaporte em até 48 horas e recolhimento domiciliar no período noturno e nos fins de semana.