A decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro causou revolta nas redes sociais e entre movimentos de proteção à infância. O ex-deputado estadual de Goiás, preso na última semana sob acusação de abusar sexualmente de uma criança de apenas 2 anos, recebeu habeas corpus e foi libertado apenas dois dias após ser detido.
A investigação, conduzida pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav), já dura mais de seis meses. De acordo com fontes ligadas ao caso, o inquérito reúne depoimentos, laudos médicos e psicológicos, além da análise de mensagens e vídeos encontrados no celular apreendido do suspeito.
Apesar do vasto material colhido pela polícia, a defesa do ex-parlamentar afirma que ele é inocente e estaria sendo alvo de uma “falsa acusação”, supostamente motivada por disputas pessoais e políticas. Os advogados sustentam que não há provas conclusivas que liguem o ex-deputado ao crime e garantem que ele colaborará com as investigações em liberdade.
A decisão judicial, contudo, gerou forte reação popular. Diversas entidades de direitos humanos criticaram o que chamam de “leniência do sistema com poderosos”. Nas redes, internautas expressaram indignação e revolta, destacando a rapidez com que a liberdade foi concedida em um caso considerado gravíssimo.
O Ministério Público informou que vai recorrer da decisão, pedindo a revogação do habeas corpus e o retorno imediato do investigado à prisão preventiva, sob o argumento de que sua liberdade pode comprometer a coleta de novas provas.
Enquanto isso, a família da vítima segue sob acompanhamento psicológico, aguardando justiça em um caso que choca e divide o país.