Uma nova medida tarifária anunciada pelo ex-presidente Donald Trump pode fazer os preços dos iPhones dispararem nos Estados Unidos. Caso as tarifas sobre produtos importados da China entrem em vigor conforme prometido, os consumidores norte-americanos poderão pagar até US$ 2.300 por um iPhone — quase o dobro do valor atual.
Atualmente, o modelo mais caro da Apple, o iPhone Pro Max, é vendido por US$ 1.199 nos EUA. No entanto, como a maior parte dos dispositivos é montada na China, eles estariam sujeitos a uma tarifa de 54% sobre o valor de importação, o que causaria um impacto direto no preço final ao consumidor.
A proposta faz parte de uma política econômica defendida por Trump para estimular a produção interna e reduzir a dependência da China. Se eleito novamente, ele promete aplicar tarifas agressivas a todos os produtos chineses, como forma de proteger a indústria americana. No entanto, analistas apontam que, em vez de ajudar os consumidores, a medida pode encarecer drasticamente eletrônicos e outros itens essenciais.
A Apple, que tem uma complexa cadeia de suprimentos global, seria uma das empresas mais afetadas pela mudança. Mesmo que a companhia tente absorver parte dos custos adicionais, é pouco provável que consiga manter os preços atuais sem prejuízos significativos.
O impacto também poderia ser sentido em outros setores da economia, já que o iPhone é um dos produtos mais populares do país e gera receita bilionária não apenas para a Apple, mas também para varejistas, operadoras de telefonia e empresas de acessórios.
Com a possibilidade de um iPhone custar mais de US$ 2 mil, especialistas já preveem queda nas vendas e insatisfação dos consumidores. A medida ainda não foi oficialmente implementada, mas já gera incerteza no mercado e levanta debates sobre os efeitos colaterais de políticas protecionistas no setor de tecnologia.