Um episódio vivido recentemente por um jornalista norte-americano durante sua viagem ao Brasil está chamando atenção nas redes sociais. Ao passar mal e precisar de atendimento médico de urgência, ele foi socorrido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e ficou impressionado com o serviço prestado — sem custos, sem burocracia e, segundo ele, com muita dignidade.
“Eu pensei que fossem me perguntar sobre seguro, passaporte, cartão de crédito… mas nada disso aconteceu. Simplesmente me atenderam. Me colocaram em uma maca e começaram a cuidar de mim”, relatou o jornalista, cujo nome não foi divulgado, mas que compartilhou sua experiência nas redes sociais e em uma coluna publicada em um veículo internacional.
Segundo ele, a emergência aconteceu enquanto visitava o Rio de Janeiro. Sentindo fortes dores abdominais, ele foi levado às pressas a uma unidade pública de saúde. O que mais o impressionou foi o fato de o atendimento ter sido gratuito — algo impensável para um cidadão dos Estados Unidos, onde o sistema de saúde é majoritariamente privado e os custos com serviços médicos podem chegar a milhares de dólares, mesmo para atendimentos simples.
“Nos Estados Unidos, uma ambulância custa em média 2 mil dólares. Uma consulta de emergência pode sair por mais de 5 mil. Aqui, eu fui acolhido sem ter que mostrar absolutamente nada. Isso é quase inacreditável para alguém que cresceu no sistema americano”, escreveu o jornalista.
Ele também elogiou a equipe médica brasileira: “Foram atenciosos, rápidos e profissionais. Me explicaram tudo, me medicaram e me acompanharam até que eu estivesse estável. Eu não esperava esse nível de cuidado em um hospital público. Fiquei sinceramente emocionado.”
A experiência reacendeu o debate nas redes sociais sobre a importância e os desafios do SUS. Muitos brasileiros comentaram a publicação, lembrando que, apesar das falhas e da falta de investimentos, o SUS é uma conquista da sociedade brasileira e um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo, atendendo diariamente milhões de pessoas.
A história serve como lembrete de que, mesmo com as dificuldades, o SUS é um patrimônio nacional que salva vidas todos os dias — inclusive a de um visitante estrangeiro que agora volta para casa levando, além de lembranças do Brasil, um novo olhar sobre o que é um sistema de saúde verdadeiramente universal.
“O que aconteceu comigo foi mais do que atendimento médico. Foi um ato de humanidade”, concluiu o jornalista.