O repórter esportivo Igor Santos foi baleado na noite desta segunda-feira (24) enquanto voltava para casa em uma “Moto de aplicativo”, no Rio de Janeiro. O jornalista, que atua na cobertura esportiva de grandes eventos, foi alvejado por policiais que, segundo relatos iniciais, teriam o confundido com um criminoso.
O caso aconteceu na região da Penha, na Zona Norte da capital fluminense. Testemunhas afirmam que Igor estava em uma motocicleta de aplicativo quando foi abordado por uma viatura da polícia. Segundo os relatos, o condutor do veículo teria se assustado e feito um movimento brusco, o que levou os agentes a atirarem. O repórter foi atingido e socorrido imediatamente.
Levado ao Hospital Getúlio Vargas, na mesma região, Igor passou por uma cirurgia de emergência, mas, infelizmente, perdeu o rim direito. Até o momento, ele permanece sob custódia médica, em estado estável, segundo boletim da unidade de saúde.
A família do jornalista está revoltada com o ocorrido e cobra explicações das autoridades. “Meu filho sempre trabalhou cobrindo esportes, nunca teve envolvimento com nada errado. Agora está hospitalizado por um erro absurdo”, desabafou o pai de Igor.
A Polícia Militar informou que o caso está sendo investigado pela Corregedoria da corporação. Segundo a PM, os agentes envolvidos no disparo foram afastados até a conclusão da investigação. Em nota, a corporação afirmou que “lamenta profundamente o ocorrido e reforça seu compromisso com a apuração rigorosa dos fatos”.
O episódio reacende o debate sobre a violência policial e os erros operacionais que resultam na vitimização de inocentes. Entidades de direitos humanos já se manifestaram pedindo uma apuração rigorosa do caso e medidas mais eficazes para evitar situações semelhantes.
Amigos e colegas de profissão de Igor também se mobilizaram nas redes sociais, pedindo justiça e cobrando mais responsabilidade por parte das autoridades. “Não podemos aceitar que erros assim continuem acontecendo. Hoje foi o Igor, mas poderia ter sido qualquer um de nós”, escreveu um colega jornalista.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, também se pronunciou sobre o caso, afirmando que aguarda o resultado das investigações e que qualquer erro será corrigido com as punições devidas. “A segurança pública precisa agir com responsabilidade e inteligência para evitar esse tipo de tragédia”, declarou.
Enquanto isso, Igor segue em recuperação, cercado pelo apoio de familiares e amigos. A expectativa é que, após sua alta hospitalar, ele possa se pronunciar sobre o que aconteceu. O caso continua sendo acompanhado de perto por autoridades e pela imprensa.



