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Morador da Vila do Pinheiro morre por neglicencia do Hospital Lourenço Jorge.
Daniel Gomes foi diagnosticado com fratura do rádio esquerdo e recebeu alta; três dias depois morreu por traumatismo abdominal e hemorragia interna.
A família do motorista do Retiro dos Artistas, Daniel dos Santos Gomes, de 24 anos, vai processar o Hospital Municipal Lourenço Jorge por negligência médica. O jovem havia sofrido um acidente de motocicleta na Linha Amarela no último dia 8 e dado entrada no hospital no fim da tarde. Foi diagnosticado com fratura do rádio esquerdo, operado três dias depois e liberado na tarde do dia 13. Em casa, seu estado de saúde, de acordo com a mulher, Delaine dos Santos Albuquerque, mostrou que as consequências do acidente foram mais sérias: vomitava, urinava sangue, não defecava e não conseguia se alimentar. Foi internado novamente no mesmo hospital no domingo e morreu na madrugada de terça como consequência de traumatismo abdominal e hemorragia interna.
Delaine, de 21 anos, está inconsolável. Nesta quarta-feira, no Instituto Médico-Legal (IML), onde esteve com parentes para liberar o corpo de Daniel, ela relatou os momentos de angústia. O casal teve uma filha de 4 anos, para quem o pai “virou uma estrelinha no céu”.
— Ele chegou em casa com o braço enfaixado, mas começou a passar mal. Fomos para a casa de minha mãe, que é perto da nossa, para que ele pudesse ter um tratamento mais adequado. Mas não melhorou. Meu cunhado o levou de volta ao hospital no domingo e ele deu entrada no CER (Coordenação de Emergência Regional) da Barra e, depois, transferido para o Hospital Lourenço Jorge. Fomos muito mal tratados — afirma a viúva.
Em nota, a direção do Hospital Municipal Lourenço Jorge informou que, seis dias após o acidente, Daniel “apresentou uma abdominal tardia, não detectável imediatamente e comum em casos de trauma”. O texto informa ainda que a direção irá apurar as causas da morte do paciente e que “está à disposição dos familiares para esclarecimentos sobre o caso”.
De acordo com Delaine, o hospital alegou que o marido tinha fugido da unidade, bêbado.
— Mesmo após sua morte não queriam liberar o corpo nem informar a causa da morte. Só com a ajuda de um policial amigo e de um advogado do Retiro dos Artistas conseguimos a guia de remoção do corpo. Só conseguimos saber que ele teve traumatismo abdominal e hemorragia interna aqui no IML – contou.
Cunhada de Daniel, Ana Luiza dos Santos Silva guardou documentos que, segundo ela, comprovam o péssimo atendimento. Ela mostrou a guia de alta hospitalar com o diagnóstico: fratura de rádio distal esquerdo. Também guarda fichas de marcação de consultas para o dia 2 janeiro, quando seria examinado por um ortopedista às 8h30m e faria um Raio-x às 8h50m. Na segunda internação, a gravidade do estado de saúde de Daniel pode ser comprovada através de uma tomografia computadorizada. Mas a família não foi informada do resultado.




