O desaparecimento misterioso de um jovem trabalhador no coração da Zona Oeste do Rio de Janeiro tem comovido moradores e levantado um alerta urgente sobre a crescente onda de desaparecimentos no estado. Gabriel Teixeira, de 23 anos, conhecido carinhosamente como “Popo”, sumiu na noite de 23 de abril e, desde então, não há pistas concretas sobre seu paradeiro.
Morador do sub-bairro Agulhas Negras, em Campo Grande, Gabriel saiu de casa por volta das 20h para trabalhar como motorista de aplicativo em sua moto. Até por volta das 23h, ele ainda manteve contato com familiares, mas depois disso, seu telefone ficou inacessível e ele não foi mais visto. O que seria mais uma noite de trabalho virou um pesadelo sem fim para os parentes e amigos, que estão mergulhados em uma busca desesperada por respostas.
“Ele nunca ficou tanto tempo sem dar notícia. Estamos vivendo um filme de terror. Só queremos saber onde ele está, se está bem”, desabafa a irmã de Gabriel, visivelmente abalada.
O caso de Gabriel infelizmente não é isolado. Segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP), o Rio de Janeiro registrou 5.815 casos de pessoas desaparecidas apenas em 2023. Isso significa que, em média, 16 pessoas desaparecem todos os dias no estado. É o maior número registrado desde 2016. Especialistas alertam que muitos desses desaparecimentos podem estar relacionados a crimes como sequestros, aliciamento por milícias e traficantes, e até mesmo homicídios cujos corpos nunca são encontrados.
A ausência de informações oficiais, somada à lentidão nas investigações em alguns casos, contribui para a dor de centenas de famílias fluminenses que convivem com a incerteza. Em Campo Grande e arredores, histórias de desaparecimentos têm se tornado cada vez mais comuns, especialmente entre jovens homens que trabalham nas ruas — como entregadores, motoboys e motoristas de aplicativo.
O drama da família Teixeira é mais um retrato dessa realidade. Eles estão divulgando fotos, informações e pedindo ajuda nas redes sociais, além de ter registrado o desaparecimento na delegacia da região. Mesmo diante do desespero, a esperança ainda não foi abandonada.
“Cada ligação nos dá um fio de esperança. Só queremos que quem saiba de alguma coisa tenha empatia e nos ajude. Pode ser de forma anônima. Qualquer pista é importante”, afirma a mãe de Gabriel.
A família pede que qualquer pessoa que tenha visto Gabriel ou saiba de algo que possa ajudar entre em contato pelos seguintes canais:
Contato da família: (21) 99107-2410
Disque Denúncia: (21) 2253-1177
WhatsApp Desaparecidos: (21) 98849-6254
As denúncias são anônimas e podem fazer toda a diferença para localizar Gabriel e trazer paz para sua família. Compartilhar essas informações também é uma forma de ajudar. Ao dar visibilidade ao caso, mais pessoas podem reconhecer Gabriel ou fornecer informações úteis.
Se você leu esta matéria, não fique indiferente. Um simples compartilhamento pode salvar uma vida. Gabriel é mais do que uma estatística — ele é um filho, um irmão, um amigo, um jovem trabalhador com sonhos interrompidos por um desaparecimento sem explicação.
O silêncio pode ser cúmplice. Que a solidariedade fale mais alto.