A Justiça da Paraíba, por meio de uma decisão liminar, determinou medidas severas contra o influenciador digital Hytalo Santos. A ordem judicial inclui o bloqueio de acesso às redes sociais do criador de conteúdo, a proibição de qualquer contato com menores de idade citados no processo e a suspensão imediata da monetização de conteúdos que envolvam crianças e adolescentes.
A decisão foi motivada por uma ação proposta pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), conduzida pela promotora Ana Maria França, da cidade de Bayeux. De acordo com a promotora, Hytalo teria realizado gravações com menores de idade em contextos considerados sensuais e festivos, frequentemente com presença de bebidas alcoólicas.
Segundo o MPPB, moradores chegaram a fazer manifestações contra as atividades do influenciador, o que chamou a atenção das autoridades e impulsionou o início da investigação. O órgão afirma que o conteúdo produzido e divulgado por Hytalo Santos pode representar risco à integridade física, psicológica e moral das crianças e adolescentes envolvidos.
Além do bloqueio das redes e da suspensão de ganhos financeiros, a Justiça também determinou que o influenciador não mantenha qualquer contato, direto ou indireto, com os menores mencionados no processo. O descumprimento dessas medidas poderá resultar em novas sanções, incluindo prisão preventiva.
As medidas impostas são de caráter provisório, válidas enquanto o caso segue em apuração. A continuidade dessas restrições dependerá do andamento das investigações e de novas análises por parte do Judiciário.
A defesa de Hytalo Santos ainda pode recorrer da decisão, buscando reverter ou atenuar as restrições impostas. Até o momento, o influenciador não se pronunciou oficialmente sobre o caso nas redes sociais — canais que, por determinação judicial, já estão suspensos.
O caso repercutiu amplamente na internet, dividindo opiniões. Parte do público demonstrou apoio às ações do Ministério Público e da Justiça, destacando a necessidade de proteger menores de idade de possíveis situações de exploração. Outros, no entanto, pedem cautela e lembram que o processo ainda está em fase inicial, sendo necessário aguardar a conclusão das investigações para avaliar a gravidade das acusações.
A promotora Ana Maria França reforçou que o objetivo principal da ação é garantir a segurança e o bem-estar das crianças e adolescentes envolvidos. Ela também destacou que a legislação brasileira, por meio do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), prevê punições severas para casos de exploração ou exposição inadequada de menores.
O caso segue sob sigilo parcial, e novas atualizações devem ser divulgadas conforme o avanço das investigações.