A Justiça do Rio de Janeiro decidiu manter a prisão do policial militar Fernando Baraúna, preso em flagrante pela morte do jovem feirante Pedro Henrique, de apenas 20 anos. O crime aconteceu na manhã do último domingo (6), enquanto o rapaz montava a barraca de pastel onde trabalhava, em uma feira na Penha, Zona Norte da cidade.
Segundo testemunhas, Pedro estava organizando seu espaço de trabalho quando foi surpreendido pelos disparos. Ele não teve chance de defesa e morreu no local, causando comoção entre os feirantes e moradores da região, que o conheciam como um jovem trabalhador e muito querido pela comunidade.
O policial Fernando Baraúna foi preso em flagrante logo após o crime. De acordo com a investigação inicial, ainda não foram apresentadas justificativas plausíveis para o uso da força letal. O Ministério Público destacou que não havia indícios de ameaça à integridade do agente ou qualquer outro fator que justificasse a ação extrema.
Durante a audiência de custódia, a Justiça optou por manter o policial preso, alegando a gravidade do crime e a necessidade de preservar a ordem pública, além de evitar qualquer tipo de interferência na apuração dos fatos.
O caso gerou grande repercussão nas redes sociais e reacendeu o debate sobre o uso excessivo da força por agentes de segurança no estado. Familiares de Pedro Henrique pedem justiça e afirmam que o jovem não tinha qualquer envolvimento com atividades ilícitas. “Meu filho só queria trabalhar, era um menino bom, honesto”, disse, emocionada, a mãe da vítima.
Organizações de direitos humanos acompanham o caso e cobram uma investigação rigorosa. O inquérito segue em andamento, e a Corregedoria da Polícia Militar também foi acionada para apurar a conduta do agente.
Pedro Henrique agora se torna mais um nome em uma estatística triste de jovens mortos de forma violenta no Rio de Janeiro. A comunidade da Penha pede por justiça e paz.