A dor de perder um filho é imensurável. Para Tainá Peres, mãe do pequeno Theo Antonio, de apenas 3 anos, essa dor se transformou em um grito por justiça. O menino faleceu no dia 22 de dezembro de 2024 após se afogar na piscina da casa de sua avó, localizada no Parque Tarcísio Miranda, em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Em um vídeo comovente publicado nas redes sociais, Tainá expôs sua indignação, afirmando que a morte do filho foi resultado de negligência.
A tragédia aconteceu quando Theo estava sob os cuidados da avó. Segundo as investigações, a criança caiu na piscina e se afogou enquanto a avó estava dentro da casa. O caso gerou grande repercussão e, após as apurações policiais, a avó foi indiciada por homicídio culposo — quando não há intenção de matar. O Ministério Público já ofereceu denúncia, e agora ela responderá criminalmente na Justiça.
A dor de uma mãe e o pedido de justiça
Desde a morte de Theo, Tainá Peres tem usado as redes sociais para expressar seu luto e sua busca por respostas. No vídeo recente, a mãe se emociona ao reforçar seu pedido por justiça e reafirma que a morte do filho não foi apenas um acidente, mas sim resultado de negligência.
“Meu filho não tinha que ter morrido. Ele não estava brincando na piscina. Ele caiu. Ele foi deixado sem supervisão e isso custou a vida dele. Eu não posso aceitar que isso fique impune”, desabafou Tainá.
A declaração da mãe reforça o que já havia sido dito em uma entrevista concedida ao Manchete RJ poucos dias após a tragédia. Na ocasião, Tainá explicou que nem ela nem o pai de Theo estavam presentes no momento do acidente e que a criança não estava tomando banho de piscina, mas caiu nela por algum motivo.
Investigação e processo judicial
Desde o início, a Polícia Civil tratou o caso com rigor, ouvindo testemunhas e analisando as circunstâncias do afogamento. O inquérito concluiu que houve negligência por parte da avó, resultando no indiciamento dela por homicídio culposo.
Com base na investigação, o Ministério Público ofereceu denúncia contra a avó da criança, que agora passa a ser ré no processo criminal. A Justiça deverá analisar as provas e decidir sobre a responsabilização dela na tragédia.
Negligência ou fatalidade? O que diz a lei?
O caso levanta um debate sobre a responsabilidade de cuidadores em situações como essa. Pelo Código Penal Brasileiro, o homicídio culposo ocorre quando uma pessoa age com imprudência, negligência ou imperícia, resultando na morte de alguém.
No Brasil, existem leis que reforçam a necessidade de supervisão de crianças em locais de risco, como piscinas. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê a proteção integral dos menores, o que inclui a responsabilidade dos adultos responsáveis por sua segurança.
Embora a defesa da avó possa alegar que se tratou de uma fatalidade, o Ministério Público entende que houve negligência suficiente para configurar um crime.
Repercussão e mobilização nas redes sociais
O caso de Theo tem gerado grande comoção nas redes sociais. A publicação da mãe gerou milhares de comentários de solidariedade e apoio, além de pedidos para que a Justiça seja feita. Muitas pessoas destacam a importância da supervisão constante de crianças perto de piscinas e alertam para os riscos de acidentes desse tipo.
Grupos e páginas de apoio à família de Theo têm se mobilizado para manter o caso em evidência, cobrando um desfecho justo. A hashtag #JustiçaPorTheo já circula em diversas plataformas, sendo compartilhada por internautas sensibilizados com a tragédia.
Próximos passos do caso
Com a denúncia aceita pelo Ministério Público, a avó de Theo enfrentará o processo criminal na Justiça. Ainda não há previsão de julgamento, mas a expectativa da família é que a responsabilização ocorra de forma rápida e justa.
Enquanto aguarda os desdobramentos, Tainá Peres continua usando sua voz para garantir que a história do filho não seja esquecida. Para ela, justiça por Theo significa evitar que outras famílias passem pela mesma dor.
“Eu não posso mudar o que aconteceu, mas posso lutar para que isso não se repita. Quero justiça pelo meu filho e por todas as crianças que dependem de adultos responsáveis para estarem seguras”, concluiu a mãe.
A tragédia de Theo Antonio é um alerta sobre a importância da atenção redobrada com crianças em ambientes de risco. Agora, cabe à Justiça decidir o desfecho desse caso que comoveu toda a região.