Um dos criminosos mais temidos do Brasil poderá ganhar liberdade em breve. Francisco de Assis Pereira, conhecido como o “Maníaco do Parque”, está previsto para ser solto em 2028, após cumprir 30 anos de prisão – tempo máximo permitido pela legislação penal brasileira.
O caso volta a chocar o país não apenas pela gravidade dos crimes cometidos, mas também por uma revelação surpreendente: a própria advogada de Francisco, Carolina Landim, se posiciona contra a libertação do cliente. Segundo ela, não há estrutura adequada para que ele volte à sociedade, e os riscos de reincidência são extremamente altos.
Francisco foi diagnosticado com transtorno de personalidade antissocial, uma condição que pode estar relacionada à sua periculosidade. Além disso, na adolescência, foi constatado um problema que compromete o esmalte dos dentes, o que ele usa, segundo a advogada, como justificativa para exigir tratamentos dentários caros durante o período de reclusão.
Mas não são apenas os pedidos médicos que preocupam Carolina. De acordo com ela, o comportamento de Francisco continua perturbador mesmo dentro da prisão. Ele teria feito diversas exigências incomuns, como itens pessoais excêntricos e privilégios que destoam da realidade carcerária. Para Carolina, esse tipo de atitude reforça o diagnóstico psiquiátrico e evidencia que ele ainda representa uma ameaça.
“O Francisco não tem acompanhamento contínuo, não há laudos psiquiátricos atualizados, e seu comportamento levanta sérias preocupações. Se dependesse de mim, ele ficaria preso para sempre”, declarou a advogada, em tom direto e alarmante.
O “Maníaco do Parque” ficou nacionalmente conhecido no final dos anos 1990, após atrair mulheres para o Parque do Estado, na zona sul de São Paulo, sob o pretexto de oferecer trabalhos como modelo. Ele foi condenado por diversos estupros e assassinatos, crimes que deixaram o Brasil em estado de alerta por meses.
Agora, quase três décadas depois, sua possível liberdade reacende o debate sobre os limites da justiça penal, os direitos dos presos e, sobretudo, a segurança da sociedade. Enquanto o relógio corre para o fim da pena, especialistas e familiares das vítimas temem que a história possa se repetir.
A opinião da própria advogada só aumenta a apreensão. Se até quem o defende acredita que ele é um risco à sociedade, o que esperar de sua possível volta às ruas? A pergunta que fica é: o sistema está preparado para lidar com a liberdade de alguém assim?