Em declarações contundentes que reverberaram no cenário internacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mandou um recado direto ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e garantiu que o Brasil está preparado para enfrentar os efeitos de uma eventual escalada nas tensões entre as potências globais. “Trump pode fazer o que quiser. O Brasil está seguro”, afirmou Lula, ao ser questionado sobre a possibilidade de o republicano voltar ao poder e adotar medidas agressivas, como o aumento de taxações sobre produtos estrangeiros.
Com tom firme, Lula destacou que o Brasil possui hoje uma das maiores reservas internacionais do mundo, o que, segundo ele, garante proteção à economia nacional diante de oscilações no cenário global. “Temos reservas robustas, uma economia diversificada e laços sólidos com parceiros internacionais. Estamos preparados para qualquer tempestade”, disse o presidente, sem esconder a crítica à postura protecionista de Trump e suas ameaças de aumento de tarifas a países como o Brasil e a China.
As declarações foram feitas em meio ao acirramento das disputas econômicas entre Estados Unidos e China, que já afetam cadeias de suprimentos e provocam instabilidade nos mercados internacionais. Lula reforçou que seu governo está atento aos desdobramentos e que o Brasil tem um plano estratégico para preservar seus interesses em meio a essa nova guerra comercial.
“Se houver uma guerra comercial entre Estados Unidos e China, estamos prontos para enfrentá-la. Não seremos arrastados por nenhum extremismo e manteremos a defesa dos nossos interesses nacionais em primeiro lugar”, garantiu o presidente.
Além disso, Lula fez questão de lembrar que o Brasil tem diversificado suas relações comerciais nos últimos anos, buscando ampliar o comércio com a América Latina, África, Europa e Ásia. “O mundo não gira apenas em torno dos Estados Unidos. Há outros mercados, e o Brasil está de portas abertas para todos que queiram dialogar com respeito”, disse.
A fala do presidente repercutiu rapidamente entre analistas políticos e econômicos, que avaliam o posicionamento como uma tentativa de se firmar como liderança moderada em meio às turbulências geopolíticas globais. Com o possível retorno de Trump ao poder em 2025, cresce a preocupação internacional sobre o impacto de suas políticas comerciais. Lula, no entanto, reforça o tom de independência: “Já enfrentamos muita coisa. O Brasil não vai se curvar diante de ameaças.”