A dona de casa Flávia Riccielli, de 23 anos, mãe do menino Bryan Eduardo Mercês, de 6 anos — morto numa briga de trânsito na Estrada do Campinho, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio, na madrugada de domingo —, afirmou ao EXTRA que o homem que atirou no veículo “não gostou de ser fechado”. Antes dos disparos, feitos com um revólver calibre 38, o atirador ainda emparelhou com o carro onde estavam as crianças, mostrou a arma e disse que o marido de Flávia, Christian Lopes de Camargo, de 23 anos, que dirigia o carro, estava “fazendo merda”.
— Estávamos passando pela Estrada do Campinho num horário muito perigoso. Era de madrugada e ali tem muito assalto. Não dá para ficar parado em sinal. Só que na altura de um posto de gasolina, havia um carro no cruzamento. Meu marido freou bruscamente e fez certo, se não, iríamos bater. O homem não gostou de ser fechado. Deve ser porque estava num carro novo. E quis brigar, parou o carro, mostrou a arma, disse que meu marido estava fazendo merda — disse Flávia.
Segundo a mulher, sua família estava voltando para casa depois de buscar a irmã de seu marido no trabalho. Estavam no carro, além dela e do marido, sua cunhada e seus dois filhos: Bryan e Jullyene Vitoria Mercês de Camargo, de 3 anos. Ela e os filhos estavam no banco de trás. De acordo com Flávia, no carro do atirador havia também uma mulher, que tentou impedir que o homem disparasse.
— Quando ele emparelhou com o nosso carro, mostrou a arma. E a mulher que estava ao lado puxou, não deixou atirar. Achamos que ele acabou atirando quando meu marido arrancou, porque nem ouvimos nada. Só percebemos quando vimos as crianças feridas — afirmou a mulher.
Um dos tiros atingiu as costas de Bryan. A bala transfixou seu corpo e atingiu a perna da irmã mais nova, Jullyene, de 3 anos, que passa bem. Bryan foi levado ao Hospital municipal Rocha Faria, em Campo Grande, mas teve uma parada cardiorrespiratória e não resistiu.
— Estamos destroçados. Esse homem acabou com a nossa família. Amava muito meu filho mais velho — desabafou Flávia.
O atirador estava num Gol G6, quatro portas, branco com insulfilm bem escuro, segundo a descrição que Christian deu na Divisão de Homicídios (DH), que investiga o caso. O delegado titular da especializada, Fábio Cardoso, pede que testemunhas procurem a polícia.
— Fazemos um apelo para que possíveis testemunhas do caso procurem a DH para nos ajudar com informações que levem aos criminosos.
fonte: EXTRA