Choque em Nova Iguaçu: Mãe e padrasto são presos suspeitos da morte de menino de 4 anos
A cidade de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, foi palco de um crime que causou revolta e indignação entre os moradores. Na última quinta-feira, a mãe e o padrasto de Nathan Miguel Ribeiro Santos, de apenas 4 anos, foram presos em flagrante, suspeitos de envolvimento na morte da criança.
Thiffany Ribeiro e Silva, de 22 anos, e Jonatas Silva Monteiro, de 26, foram autuados por homicídio após levarem o menino à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Miguel Couto, onde os médicos constataram que a criança já estava sem vida. Segundo os profissionais de saúde, o corpo de Nathan apresentava diversos hematomas, levantando a suspeita de que ele teria sido vítima de maus-tratos.
De acordo com informações da Polícia Militar, Jonatas tentou justificar os ferimentos afirmando que o enteado havia caído da cama três dias antes de sua morte. No entanto, os sinais de agressões espalhados pelo corpo da criança indicavam um histórico de violência, o que levou os profissionais de saúde a acionarem as autoridades imediatamente.
A mãe e o padrasto foram detidos ainda na unidade de saúde e encaminhados para a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), onde prestaram depoimento. Os investigadores trabalham com a hipótese de que Nathan sofria agressões constantes, e o caso está sendo tratado como homicídio qualificado, devido à possível tortura.
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Moradores do bairro onde a família vivia relataram que, nos últimos meses, perceberam que Nathan apresentava um comportamento mais retraído e evitava o contato com outras crianças. Segundo vizinhos, a mãe da criança costumava ser reservada, enquanto o padrasto era visto com frequência nos arredores da residência.
A polícia solicitou exames complementares ao Instituto Médico Legal (IML) para determinar a causa exata da morte da criança e verificar se houve outros episódios de agressão anteriores. O caso também será acompanhado pelo Conselho Tutelar, que buscará entender se havia registros anteriores de denúncias contra a família.
A prisão do casal gerou comoção e revolta entre os moradores de Nova Iguaçu e nas redes sociais, onde internautas pedem por justiça e penas rigorosas para os responsáveis pela morte de Nathan. “É inaceitável que uma criança indefesa sofra desse jeito. Queremos justiça!”, comentou uma moradora em uma publicação sobre o caso.
Thiffany e Jonatas permanecem presos, e a Justiça deve decidir nos próximos dias sobre a conversão da prisão em preventiva. Enquanto isso, a polícia segue investigando o histórico familiar e colhendo depoimentos de pessoas próximas à criança.
Casos como esse reforçam a importância da denúncia de maus-tratos e violência infantil. As autoridades reforçam que qualquer suspeita pode ser comunicada de forma anônima pelo Disque 100, serviço especializado em direitos humanos.