Primeiro vem a dificuldade para falar, depois, o obstáculo é se situar no tempo. Em um dia, a pessoa se perde em locais conhecidos. No outro, passa a confundir histórias, até que não reconhece os próprios familiares. Esse é o Mal de Alzheimer, doença que em muitos casos é confundida com o avanço da idade do paciente.
Segundo a Associação Brasileira de Alzheimer, atualmente, cerca de 900 mil pessoas tem a doença no Brasil. A estimativa é que o número dobre até 2030. Vinte e um de setembro é lembrado como o Dia Mundial do Alzheimer, mal que afeta indiretamente 5 milhões de pessoas, entre médicos, cuidadores e pacientes. O especialista em psiquiatria e saúde mental para idosos, Dr. Jerson Laks, explica como os primeiros sintomas podem ser notados pela família.
Laks fala também sobre a importância dos familiares entenderem que o carinho é essencial nos momentos mais graves da doença, como a fase em que os pacientes esquecem até mesmo dos próprios filhos.
O Alzheimer é degenerativo, mais comum após os 65 anos de idade. É caracterizado pela perda progressiva de células neurais. Segundo o Ministério da Saúde, não existem medicamentos disponíveis para evitar o mal, mas há remédios que retardam a progressão da doença e são fornecidos pelo Sistema Único de Saúde.