A Marinha do Brasil abriu três editais para profissionais da área da saúde. São 123 vagas para médicos de diferentes especialidades, 12 oportunidades para cirurgiões dentistas e 11 para enfermeiros, farmacêuticos, fonoaudiólogos e nutricionistas.
Os candidatos devem ter no máximo 36 anos completos até o dia 1º de janeiro de 2019 e precisam ter concluído curso superior na área para qual se candidatarem.
As inscrições podem ser feitas até o dia 27 de junho de 2018, presencialmente ou através do site. A taxa é de R$ 120. O pagamento tem vencimento no dia 3/7.
Médicos
Os médicos interessados devem atentar às diferenças de especialidades para os âmbitos nacional e regional. No segundo caso, é obrigatório possuir Certificado de Residência Médica ou Certificado de Título de Especialista.
Para o âmbito nacional, há 100 vagas em anestesiologista, cardiologista e cirurgias diversas, entre outras especialidades. Para o concurso regional, são 23 oportunidades. É possível conferir mais detalhes aqui.
Quadro de cirurgiões-dentistas e apoio à saúde
Há vagas para cirurgião-dentista em várias especialidades, como ortodontia, patologia bucal e estomatologia. É possível conferir as especificidades das oportunidades ofertadas aqui.
Os aprovados irão fazer o Curso de Formação de Oficiais (CFO) no Rio de Janeiro. Após finalização e aprovação no CFO, em 2019, serão nomeados oficiais da Marinha do Brasil como primeiros-tenentes e receberão o valor inicial da categoria, de aproximadamente R$ 11 mil.
Os concursos públicos sofrem altos e baixos, e parece que as opiniões a respeito dessa escolha profissional também oscilam na mesma frequência. Nos bons momentos, parece ser a solução para a vida de todo mundo. Quando a situação se complica, todo mundo quer desistir do projeto.
Atualmente, a oferta de vagas tem sido menos generosa, e ainda temos presenciado problemas de pagamento de salários em algumas unidades da federação, além de incertezas em relação aos critérios de aposentadoria e até à ocupação de alguns cargos por concurso, por conta da terceirização.
Mas cabe observar tudo com equilíbrio – afinal, o momento do país está muito tumultuado – e não fazer avaliações precipitadas.
Voltando ao tema: vale a pena fazer concurso público?
Depende. Depende dos sonhos que você tem para a sua vida. Depende da sua realidade financeira. Depende do seu perfil.
Trabalhar para a administração pública, da mesma forma que ser empregado na iniciativa privada ou trabalhar por conta própria, tem vantagens e desvantagens.
Vantagens
Em relação aos concursos, acho que a principal vantagem é a relativa segurança de ter um salário no fim do mês e outros direitos, tais como férias e décimo terceiro salário, garantidos. Com isso, é possível pensar em projetos de futuro.
Há pontos favoráveis também quanto ao acesso. Você não depende de indicações ou de conhecimentos pessoais. Não há discriminação de idade, sexo, classe social, religião – aliás, como deveria ser sempre –; você é um CPF e o resultado de uma prova.
Além disso, é possível se preparar aos poucos, e não há prazo fatal (exceto o limite de idade para a aposentadoria compulsória), porque sempre há novas oportunidades. No fim de tudo, não importa quanto tempo você levou para ser aprovado/a nem quantas vezes você foi reprovado/a antes – depois da aprovação, nomeação, posse, você é um servidor público com o mérito de ter conquistado aquele lugar a partir dos seus próprios recursos e empenho.
Outro aspecto importante é que há cargos nas mais variadas atividades, e não só em funções burocráticas, como muita gente pensa. Há trabalho em área administrativa, de planejamento e gestão, de segurança, bancária, de saúde, magistério, jurídica, inteligência; existe, ainda, uma infinidade de cargos de formação específica: arquitetura, arquivologia, astronomia, biologia, biblioteconomia, ciências contábeis, direito, economia, engenharia, geologia, informática, medicina, psicologia e muitos outros.
E também é possível empreender no serviço público, apesar de tudo ser mais moroso, porque cada passo é regrado pela legislação. Mas, mudanças e melhorias são importantes para garantir a qualidade do serviço prestado, e cabe também a você levar novos conhecimentos e propostas de atualização.
Então, é uma questão de verificar o tipo de concurso que você deseja, e se preparar adequadamente.
Mais uma coisa: sempre haverá concursos, porque existem serviços que precisam ser prestados à sociedade e que não podem ser privatizados. Então, há momentos com oferta mais restrita e outros com mais vagas, mas isso é sempre temporário.
Desvantagens
Mas, nem tudo são flores, e há também desvantagens, claro.
Por exemplo, o tempo de aprovação costuma ser um pouco longo – em torno de 2 anos ou mais, conforme o concurso -, porque muita gente se prepara para o mesmo cargo.
O salário é determinado por lei, o que, de certa forma, é uma segurança. Por outro lado, não existe negociação com a chefia para pedir aumento, por melhor funcionário que você seja. Também por isso, o clima costuma ser menos competitivo do que na economia privada.
Mais um ponto a ser analisado, vale lembrar que o concurso é para o cargo. Então, aquele será o seu trabalho para sempre. Não é como trabalhar numa grande empresa e poder mudar totalmente de área ou subir patamares. É possível exercer funções um pouco diferentes, desde que conexas ao cargo de origem, porque cada cargo tem um leque de atribuições que termina sendo dividido por diversos funcionários.
Mas, se você se encantar por outra atividade, mesmo que dentro do serviço público, terá de ser aprovado em outro concurso. O mesmo acontece se você entrar para um cargo de nível médio e depois quiser exercer atividades de um cargo de nível superior, ainda que na mesma carreira – só prestando novo concurso.
Outros caminhos
Vamos supor que você sempre soube “o que eu vou ser quando crescer?”. Ou, mesmo que tenha descoberto mais tarde um pouco, tem hoje absoluta clareza do que deseja como profissão. Persiga esse sonho. Enfrente o que for preciso, porque nada vai fazer você tão feliz. E é muito mais fácil superar os obstáculos quando a gente está indo para onde realmente quer.
Mas, há aí um detalhe importante a ser considerado, e que obriga muita gente a mudar de direção, mesmo sem desejar: você tem condições de se sustentar até que o seu projeto de profissão dê frutos? Podemos estar falando aí de algo entre 5 e 10 anos, até que seja possível conquistar efetivamente a autonomia.
Sei bem que a realidade da maioria da população é encontrar trabalho para poder morar e comer. E, assim, é preciso aceitar empregos com condições muito ruins. Talvez o sonho precise ser adiado um pouco.
Nesse caso, o concurso pode entrar como alternativa para iniciar a vida, até poder construir a carreira desejada. No futuro, os dois trabalhos podem coexistir – se for possível e permitido conciliar – ou um substituir o outro. Não há qualquer problema – é opção de trabalho como outra qualquer, desde que, enquanto você atuar como servidor, tenha real comprometimento com a causa pública.