Na manhã desta quinta-feira, 29 de maio de 2025, a Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu o cantor MC Poze do Rodo durante uma operação que também resultou na apreensão de seu carro de luxo, avaliado em cerca de R$ 1 milhão. O veículo, originalmente registrado na cor preta, estava circulando pintado de vermelho — tonalidade frequentemente associada à facção criminosa Comando Vermelho.
Segundo informações, a mudança de cor é considerada uma infração administrativa, o que por si só já justificaria a retenção do carro. No entanto, a Polícia acredita que a alteração estética pode ter significado simbólico, fortalecendo a linha de investigação que apura uma possível conexão entre o funkeiro e o crime organizado no Rio de Janeiro.
MC Poze já é investigado por apologia ao crime e suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas. A cor vermelha do veículo levantou suspeitas por ser considerada um elemento visual representativo da facção, e isso tem sido tratado como uma possível forma de comunicação ou demonstração de alinhamento.
Essa não é a primeira vez que o mesmo automóvel entra no radar das autoridades. Em outubro de 2024, o veículo — já pintado de vermelho — foi apreendido durante a “Operação Rifa Limpa”, que investigava supostas fraudes em rifas online e na entrega de prêmios. Na época, outro carro de luxo do cantor, também na cor vermelha, foi retido. Em resposta, MC Poze ironizou a ação da polícia nas redes sociais, minimizando a gravidade da situação.
Agora, a nova prisão do artista, somada ao reaparecimento do mesmo veículo em condições semelhantes, complica ainda mais sua situação judicial. As autoridades reforçam que as investigações estão em andamento e que cada elemento — inclusive simbólico — está sendo analisado como parte de um possível elo entre o cantor e atividades criminosas.
A detenção desta quinta-feira reacende o debate sobre a influência de artistas nas comunidades e o papel da cultura popular em contextos marcados pela violência urbana e pela atuação de facções criminosas no Rio de Janeiro.