O Ministério da Educação (MEC) deu mais um passo importante para democratizar o acesso ao ensino superior no Brasil. De acordo com informações do site do jornal O Dia, foram habilitadas 401 propostas para integrar a Rede Nacional de Cursinhos Populares (CPOP), iniciativa do governo federal voltada a apoiar cursinhos pré-vestibulares populares e comunitários sem fins lucrativos.
A divulgação da lista das entidades selecionadas para a segunda fase do programa aconteceu no dia 28 de maio de 2025. O processo foi conduzido pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi/MEC) em parceria com a Coordenação de Cooperação Social da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), após análise de recursos apresentados por instituições interessadas.
A CPOP tem como missão ampliar as oportunidades de ingresso no ensino superior, especialmente por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), para estudantes de baixa renda oriundos da rede pública. Para isso, o programa oferece bolsas mensais de R$ 200 por até nove meses, além de materiais didáticos gratuitos e formação continuada para professores e gestores dos cursinhos participantes.
A expectativa é beneficiar aproximadamente 4.320 estudantes até 2026, promovendo maior equidade no acesso às universidades públicas e privadas. Assim que os cursinhos forem oficialmente contemplados pelo edital e os cursos tiverem início, os pagamentos das bolsas serão liberados aos alunos.
O investimento inicial do ciclo 2025-2026 é de R$ 24,8 milhões, com previsão de apoio financeiro de até R$ 230 mil por turma. Esses recursos possibilitarão não apenas a manutenção dos cursinhos, mas também a melhoria na qualidade do ensino e no suporte pedagógico oferecido aos estudantes.
A criação da CPOP representa um avanço significativo na inclusão educacional, combatendo desigualdades históricas e oferecendo uma nova chance para milhares de jovens que sonham com uma vaga na universidade. A política também fortalece o papel social dos cursinhos comunitários, que há décadas atuam nas periferias e comunidades do país, muitas vezes com poucos recursos, mas com grande impacto social.
Com a ampliação do programa, o governo federal reafirma seu compromisso com a educação pública, gratuita e de qualidade, abrindo portas para um futuro mais justo e acessível para todos.