“O que eu ouvi de terceiros é que ele tinha ido participar de outra modalidade de competição e estava junto do pessoal e acabou que foi detido também. Ele gosta de modalidades como escalonamento e saltos, que estava tendo lá simultânea a essa. Ele não participa de rinha”, afirmou.
A assessoria de imprensa do Cremego informou, em nota, que o órgão não vai comentar o assunto.
Leônidas e mais 40 pessoas foram detidas no último sábado (14), em Mairiporã. Em audiência de custódia, somente uma pessoa seguiu presa. Ainda de acordo com o documento, assinado pelo juiz André Luiz da Silva da Cunha, a fiança cobrada de Leônidas foi a de maior valor entre todos os presos.
Nele, o magistrado afirma que “os fatos atribuídos aos autuados são repugnantes” e citou que “os cães eram colocados para brigar até a morte”. No entanto, salienta que os presos são primários, possuem residência fixa e que a liberdade deles não coloca em risco a ordem pública.
De acordo com a Polícia Civil, o médico e mais um veterinário, também preso, eram responsáveis por reanimar os cães machucados durante as lutas.
A decisão que soltou Leônidas solicita ainda que seja oficiado o Conselho Regional de Medicina de Goiás sobre a prisão ocorrida, anexado uma cópia do boletim de ocorrência.
Moção de repúdio
A Câmara Municipal de Goiânia aprovou, em sessão nesta terça-feira (17), uma moção de repúdio na qual pede a “suspensão imediata” do registro de Leônidas junto ao (Cremego).
O documento foi proposto pelo vereador Zander Fábio (Patriota), que é presidente da Comissão de Proteção, Direitos e Defesa dos Animais da Câmara. A indignação ao ver a forma como os animais eram tratados, segundo ele, motivou a moção, que contou com a assinatura de 24 parlamentares.
“[O sentimento é de] indignação total ao saber o modo como eles agiam. Parece uma seita porque eles comiam [os cães] em forma de churrasco e davam as outras partes para os animais”, disse ao G1.
Na moção, o parlamentar afirma que no local foram encontrados um animal morto e 19 feridos e que até a polícia se sensibilizou com a situação encontrada, “digna de um filme de terror”.
Fonte: G1