“TRAGÉDIA NA ZONA NORTE: MENINA DE 12 ANOS MORRE EM TIROTEIO NA FAVELA DO GUARDA”
Na noite desta quinta-feira (5), a Favela do Guarda, em Del Castilho, Zona Norte do Rio, foi palco de mais uma tragédia envolvendo a violência armada. Durante um tiroteio na comunidade, localizada entre a Avenida Pastor Martin Luther King e a Linha Amarela, Kamila Vitória Aparecida de Souza Silva, de apenas 12 anos, foi baleada e não resistiu aos ferimentos.
Segundo relatos de moradores, homens armados, supostamente ex-milicianos que migraram para o Comando Vermelho (CV), chegaram de carro à comunidade e abriram fogo contra uma praça pública. No momento do ataque, várias crianças brincavam no local, criando um cenário de pânico e desespero. Após efetuarem os disparos, os criminosos fugiram.
Kamila foi atingida na perna, com o tiro perfurando a veia femoral. A menina foi socorrida às pressas por familiares e levada ao Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, onde passou por uma cirurgia de emergência. No entanto, a gravidade do ferimento foi fatal, e a jovem faleceu. Kamila deixa um irmão de apenas cinco meses e uma família devastada pela dor. Amigos próximos relatam que os pais estão profundamente abalados com a perda precoce da filha. O corpo da menina foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), no Centro.
Além de Kamila, outro morador da comunidade foi ferido de raspão no braço. Ele foi atendido no mesmo hospital, recebeu alta e já se encontra em casa. Testemunhas afirmam que o homem possui ligação com a milícia local, o que pode ter motivado o ataque.
CONFLITO ENTRE MILÍCIA E TRÁFICO AGRAVA INSEGURANÇA
O tiroteio desta quinta-feira reflete a escalada da violência na Favela do Guarda. Moradores afirmam que, há cerca de um mês, integrantes do CV invadiram a comunidade, executaram um miliciano e balearam outro morador, marcando o início de uma disputa territorial que segue aterrorizando a população local.
O ataque que tirou a vida de Kamila Vitória é mais um exemplo do impacto devastador da guerra entre facções criminosas na cidade do Rio de Janeiro. Comunidades como a Favela do Guarda se tornam reféns desse ciclo de violência, onde inocentes frequentemente pagam o preço mais alto.
INVESTIGAÇÃO E COBRANÇA DE JUSTIÇA
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) está investigando o caso. Até o momento, nenhum suspeito foi preso. Moradores clamam por maior presença do poder público e por ações que garantam a segurança de quem vive em áreas dominadas por facções.
O caso de Kamila se soma à longa lista de vítimas da violência armada no Rio de Janeiro, deixando um alerta urgente para a necessidade de medidas efetivas de segurança e políticas públicas que priorizem vidas.