Durante a cúpula do Mercosul realizada em Buenos Aires no dia 3 de julho de 2025, um alerta contundente do presidente da Argentina, Javier Milei, acendeu o sinal vermelho sobre a segurança regional. Ao entregar a presidência rotativa do bloco, Milei afirmou, de forma direta, que as facções criminosas brasileiras representam um risco crescente para todo o continente.
“Se o PCC e o Comando Vermelho se estenderem pelo Mercosul, toda a região estará em perigo”, declarou o mandatário argentino, visivelmente preocupado com o avanço do crime organizado transnacional. A fala foi feita em tom de urgência e teve como proposta central a criação de uma agência regional integrada de combate ao crime organizado, reforçando a necessidade de uma resposta unificada dos países membros do bloco frente ao avanço dessas organizações
Logo após a fala de Milei, foi a vez do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que assumiu a presidência pro tempore do Mercosul, se posicionar sobre o tema. Em seu discurso, Lula reconheceu o desafio e afirmou que o Brasil vai liderar os esforços para intensificar a cooperação entre os países do bloco no combate às facções criminosas.
“Vamos mobilizar o Mercosul para ampliar a articulação internacional contra o crime organizado. Já temos mecanismos como o Comando Tripartite e o Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia, mas vamos fortalecer ainda mais essas frentes”, afirmou Lula.
A troca de declarações entre os dois presidentes destacou um dos temas mais delicados da política de segurança na América do Sul: a atuação internacional de facções como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), que já operam em países vizinhos por meio do tráfico de drogas, armas e influência em presídios.
✅ Resumo:
- 🗣️ Milei alertou sobre o avanço do PCC e CV na cúpula do dia 3 de julho, e propôs uma agência regional contra o crime.
- 🇧🇷 Lula, ao assumir a presidência do Mercosul, respondeu prometendo ampliar a cooperação regional e fortalecer ações já existentes contra o crime organizado.