Em um acontecimento chocante para a comunidade de Piraquê, localizada em Pedra de Guaratibana, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, um dos membros mais temidos da milícia local, conhecido como Rodrigo, foi punido pela própria organização criminosa à qual pertencia. O que parecia ser mais um capítulo da violência e da impunidade da milícia, revelou-se uma história de traição e vingança.
Rodrigo, que ocupava uma posição de destaque dentro da hierarquia da milícia na região, foi acusado de um crime gravíssimo: roubo. Não se tratava de um roubo qualquer, mas de um desvio de recursos diretamente da organização criminosa à qual ele prestava lealdade. A denúncia de seus próprios comparsas foi o estopim para que a milícia decidisse “julgar” e “punir” seu integrante de forma rápida e impiedosa, mostrando o quão brutal e autoritária é a lei interna dessas facções.
A punição, como é comum no universo das milícias, foi sumária e violenta. Rodrigo foi retirado da comunidade, e fontes locais apontam que a sua eliminação física pode ter ocorrido em um contexto de acerto de contas dentro da própria milícia, que não tolera qualquer tipo de traição ou tentativa de roubo entre seus membros.
O que chama atenção nesse episódio é a forma como as milícias têm se comportado em relação aos próprios membros, demonstrando que, apesar de sua natureza criminosa, essas facções seguem um código rígido de lealdade e hierarquia. Qualquer desvio dessa linha pode resultar em consequências fatais, o que revela o controle absoluto que esses grupos exercem sobre as comunidades.
Piraquê, uma comunidade que já sofre com a presença da milícia e seus impactos negativos, agora enfrenta mais uma demonstração do poder paralelo que domina a região. As famílias que vivem sob a ameaça constante de violência e opressão testemunham mais um ato de crueldade, desta vez vindo de dentro da própria organização criminosa.
Este caso reforça a necessidade urgente de intervenção das autoridades para combater as milícias e restaurar a ordem nas comunidades dominadas por esses grupos. Enquanto o tráfico de drogas e a violência armada continuam a ser um desafio em diversas partes da cidade, as milícias, com suas regras impiedosas, seguem sendo uma realidade igualmente aterrorizante para os moradores da Zona Oeste do Rio.



