Em uma operação de inteligência realizada por agentes da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA), Carlos Vinicius Hastenreiter dos Santos foi preso em flagrante ao ser descoberto utilizando sua própria residência como ponto de desmanche de veículos roubados. O caso aconteceu em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, e expõe mais um elo entre o crime organizado e a milícia que atua na região.
Carlos Vinicius é acusado de integrar a milícia comandada por Luiz Antônio da Silva Braga, o “Zinho”, um dos criminosos mais procurados do estado. Segundo as investigações, o local vinha sendo monitorado há semanas, após denúncias e indícios de movimentação suspeita envolvendo carros sem placas, barulhos de ferramentas em horários incomuns e presença constante de indivíduos com passagem pela polícia.
Ao invadir o imóvel, os agentes se depararam com um verdadeiro desmanche clandestino. Diversas peças automotivas estavam espalhadas pelo quintal e pelos cômodos da casa, muitas delas já embaladas e prontas para serem revendidas no mercado ilegal. Dois veículos com registro de roubo recente foram encontrados parcialmente desmontados na garagem.
Além dos carros e das peças, os policiais apreenderam ferramentas industriais, placas de identificação adulteradas e anotações que podem ajudar a rastrear a rede de receptadores que comprava os componentes retirados dos veículos roubados. A DRFA acredita que Carlos não atuava sozinho e que fazia parte de um esquema maior ligado diretamente às atividades da milícia.
A prisão de Carlos Vinicius representa um duro golpe nas engrenagens da organização criminosa de “Zinho”, que domina diversas áreas da Zona Oeste através da exploração ilegal de serviços e do tráfico de influência. A DRFA segue investigando o caso para identificar outros membros do grupo e coibir o funcionamento de desmanches clandestinos na região.
A Polícia Civil reforça que denúncias anônimas são fundamentais para combater esse tipo de crime e pede à população que continue colaborando. Informações podem ser repassadas pelo Disque-Denúncia (2253-1177), com garantia de sigilo total.
Carlos Vinicius foi encaminhado à delegacia e responderá por receptação, adulteração de sinal identificador de veículo e associação criminosa. Ele permanece à disposição da Justiça, e novas diligências já estão em curso para desarticular completamente o esquema.