Por Eduardo Tagliaferro, ex-assessor de Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), uma declaração feita em entrevista ao programa Café com a Gazeta, da Gazeta do Povo, em 19 de agosto de 2025, levantou forte repercussão no cenário político brasileiro. Tagliaferro afirmou ter ouvido de uma ex-chefe de gabinete do ministro que ele estaria disposto a deixar o Supremo Tribunal Federal (STF) para disputar a Presidência da República — não em 2026, mas possivelmente em 2030.
Segundo Tagliaferro, o plano seria claro: “Essa é a intenção dele. Ele sairia do STF para ser candidato à presidência”. A fala caiu como uma bomba no meio jurídico e político, já que Alexandre de Moraes ocupa posição central no Supremo e foi protagonista em decisões de alto impacto nos últimos anos, principalmente no combate à desinformação e em julgamentos envolvendo grandes figuras políticas.
No entanto, é importante destacar que a declaração não foi feita pelo próprio ministro, mas sim relatada por um terceiro. Até o momento, não existe qualquer manifestação oficial de Moraes confirmando essa intenção. O ministro nunca declarou publicamente que pretende concorrer a um cargo político após sua saída do STF, e tampouco há documentos ou entrevistas que comprovem essa possibilidade.
Dessa forma, especialistas classificam a fala de Tagliaferro mais como rumor político do que como uma informação concreta. Para analistas, é comum que nomes de ministros do Supremo sejam especulados em futuras disputas eleitorais, mas a decisão de deixar a Corte para entrar na política é sempre carregada de complexidades jurídicas e institucionais.
O comentário, no entanto, reacende discussões sobre a influência política de magistrados e a possibilidade de transição de carreiras entre a magistratura e a disputa eleitoral. Alexandre de Moraes, pela visibilidade que conquistou, seria visto por parte da opinião pública como um nome de peso em uma corrida presidencial.