Uma reviravolta intrigante marcou o caso de Deise Moura dos Anjos, encontrada morta dentro da Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba na última quinta-feira (13). Durante uma inspeção na cela da detenta, a Polícia Penal encontrou uma camiseta com frases escritas à mão, nas quais ela clamava por inocência.
Deise estava presa sob a suspeita de envenenar com arsênio a farinha utilizada em um bolo consumido por familiares de seu marido em Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, na véspera de Natal. Além disso, a polícia investiga se ela também teve envolvimento na morte de seu sogro, que faleceu em setembro de 2024, após ingerir bananas e leite em pó levados até sua residência pela nora.
A mensagem deixada por Deise antes de sua morte levanta ainda mais questionamentos sobre o caso. “Não sou assassina, só sou um ser humano fraco com depressão por tanto sofrer e pagar pelo erro dos outros”, escreveu ela na camiseta. O conteúdo do texto e as circunstâncias de sua morte estão sendo analisados pelas autoridades, que não descartam nenhuma possibilidade, incluindo a de suicídio ou de ação de terceiros dentro da unidade prisional.
A Polícia Civil já iniciou uma investigação para esclarecer as causas da morte de Deise. O Instituto-Geral de Perícias (IGP) foi acionado para examinar o local e o corpo da detenta. Ainda não há informações oficiais sobre a causa exata do óbito, e a expectativa é de que laudos técnicos tragam mais respostas nos próximos dias.
O CASO Deise Moura dos Anjos foi presa preventivamente após ser apontada como suspeita do envenenamento que resultou na internação de familiares de seu marido. O crime teria ocorrido durante a ceia de Natal, quando a família consumiu um bolo preparado com uma farinha que, segundo as investigações, continha traços de arsênio. As vítimas relataram sintomas graves de intoxicação, e exames laboratoriais confirmaram a presença da substância tóxica nos alimentos.
Além disso, a polícia reabriu a investigação sobre a morte do sogro de Deise, ocorrida meses antes. O homem morreu após consumir bananas e leite em pó que haviam sido levados até sua casa por ela. Exames toxicológicos ainda estão sendo analisados para confirmar se ele também foi vítima de envenenamento.
REAÇÕES E PERGUNTAS SEM RESPOSTA A descoberta da mensagem de Deise levanta diversas questões: ela realmente era inocente? Foi coagida a escrever o texto? Sua morte foi um ato desesperado ou há mais alguém envolvido?
A defesa da detenta afirmou que ela sempre negou as acusações e que sofria de depressão profunda dentro da prisão. Familiares de Deise também alegam que ela vinha demonstrando sinais de fragilidade emocional e pedem que a morte seja investigada a fundo.
Enquanto isso, a polícia segue reunindo provas para esclarecer o que realmente aconteceu. O mistério em torno desse caso continua, deixando todos em busca de respostas para uma trama que parece cada vez mais complexa.