Uma moradora do bairro do Flamengo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, viveu um momento de terror logo nas primeiras horas da manhã. Ao preparar o café para o filho, ela retirou uma fatia de pão de forma da embalagem, passou manteiga e, só então, percebeu algo chocante: uma bala de fuzil havia perfurado o alimento.
O episódio ocorreu dentro do apartamento da família, onde a mulher se preparava para a rotina matinal. Ao notar a presença do projétil, ela ficou em estado de choque e imediatamente verificou se o tiro poderia ter atravessado alguma parte do imóvel. Segundo relatos, não havia sinais de perfuração nas paredes ou janelas, o que aumentou ainda mais o mistério sobre como a munição foi parar dentro do pão.
“Eu só percebi quando já estava passando a manteiga. Foi um susto enorme! Meu filho poderia ter comido isso sem perceber”, desabafou a moradora, que preferiu não se identificar.
Diante da gravidade da situação, a mulher acionou as autoridades e entrou em contato com a padaria onde o pão foi comprado. A perícia foi chamada para analisar o projétil e tentar determinar sua origem. A principal hipótese é que a bala tenha sido disparada a uma longa distância, caindo dentro da embalagem antes de ser fechada ou até mesmo durante o transporte do produto.
O caso levanta preocupações sobre a violência na cidade e os riscos dos chamados “tiros perdidos”, que frequentemente fazem vítimas no Rio de Janeiro. A polícia já investiga se houve algum confronto recente na região e se há registros de disparos compatíveis com o projétil encontrado.
Enquanto isso, a moradora ainda tenta lidar com o trauma do ocorrido. “É assustador pensar que nem dentro da nossa casa estamos seguros. Nunca imaginei que algo assim pudesse acontecer, ainda mais dentro de um alimento”, disse ela.
O incidente reacende o debate sobre segurança pública e o perigo das balas perdidas, que já vitimaram diversos moradores da cidade. Para especialistas, o episódio reforça a necessidade de um controle mais rígido do uso de armas e de uma política eficaz de combate à violência urbana.
A investigação segue em andamento, e a família espera por respostas que expliquem como uma bala de fuzil foi parar no café da manhã de uma criança.