O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que todas as provas da operação policial que resultou em 121 mortes no Rio de Janeiro sejam preservadas, documentadas e encaminhadas às autoridades competentes. A decisão foi tomada no contexto da ADPF das Favelas, ação que acompanha o cumprimento das regras impostas pelo STF para reduzir a letalidade das forças de segurança no estado.
Moraes também confirmou que se reunirá com o governador Cláudio Castro e outras autoridades fluminenses ainda nesta semana para avaliar o cumprimento das determinações do Supremo sobre o uso da força em comunidades. O ministro pretende discutir a necessidade de transparência e de respeito aos protocolos de segurança, especialmente em operações de grande porte, como a realizada na última semana — considerada a mais letal da história do Rio.
A reunião deve abordar ainda falhas de planejamento, abuso de poder e denúncias de violações de direitos humanos, levantadas por órgãos independentes e entidades civis. Segundo o STF, o objetivo é garantir investigações rigorosas e evitar o desaparecimento de provas que possam esclarecer as circunstâncias das mortes.
A decisão ocorre em meio a intensa repercussão nacional e internacional, com organizações de direitos humanos cobrando responsabilização e transparência. A operação, que envolveu mais de 2.400 agentes, resultou em dezenas de prisões e apreensão de armas, mas também deixou moradores em pânico e denúncias de execuções.
Com a intervenção do Supremo, a expectativa é de que o caso seja acompanhado de perto por instâncias federais e que as investigações avancem de forma imparcial e documentada, garantindo justiça e respeito às vidas perdidas.
			
			


