O Brasil se despede nesta terça-feira de um de seus maiores líderes espirituais: Divaldo Pereira Franco, que faleceu aos 98 anos. Reconhecido nacional e internacionalmente como uma das principais vozes do espiritismo, Divaldo dedicou mais de sete décadas de sua vida à doutrina espírita e ao trabalho humanitário.
Nascido em Feira de Santana, na Bahia, em 5 de maio de 1927, Divaldo teve uma trajetória marcada pela mediunidade, caridade e oratória. Ao longo de sua vida, psicografou mais de 250 livros — muitos deles traduzidos para diversos idiomas — e foi o fundador da Mansão do Caminho, uma instituição social que atende milhares de crianças e famílias carentes em Salvador (BA).
Com uma postura sempre serena, Divaldo Franco percorreu o mundo divulgando a doutrina espírita codificada por Allan Kardec. Ministrou conferências em mais de 60 países, levando mensagens de paz, espiritualidade e esperança para milhões de pessoas. Seu legado ultrapassa as fronteiras da religião e se estende ao campo da filantropia, da educação e da promoção da dignidade humana.
O médium foi considerado por muitos como o sucessor natural de Chico Xavier, com quem dividiu o palco e o respeito de multidões. Apesar das comparações, Divaldo sempre manteve humildade e reafirmava seu compromisso com os princípios espíritas e com o serviço ao próximo.
A causa da morte ainda não foi oficialmente divulgada pela família, que pediu respeito e privacidade neste momento de luto. Em nota, a Mansão do Caminho informou que as cerimônias de despedida serão realizadas em Salvador, com a presença de amigos, admiradores e representantes de diversas religiões.
Personalidades de diferentes áreas, incluindo líderes religiosos, artistas e autoridades públicas, manifestaram pesar nas redes sociais. A comoção se espalhou rapidamente, e centros espíritas de todo o país preparam homenagens para relembrar a vida e obra de Divaldo Franco.
A partida de Divaldo representa um marco no movimento espírita brasileiro, mas também deixa um legado duradouro de amor, compaixão e dedicação incondicional ao bem. Seu exemplo de vida continuará inspirando gerações de espiritualistas, voluntários e todos que acreditam em um mundo mais justo e fraterno.
Aos 98 anos, Divaldo Franco encerra sua jornada terrena, mas seu espírito, como ensinava, permanece vivo na memória de quem o ouviu, o leu e, principalmente, o sentiu.